Conscientização e empoeiramento revelam vidas na 3ª Edição da Gincana de Humanas do “Carolina Burlai”

 

Analisando de maneira clara e objetiva todo o processo educacional, político e social do País, a equipe de Ciências Humanas e suas Tecnologias da E.E. Dona Carolina Franchini Burlai-PEI, resolveu desenvolver um projeto com o tema “Consciência Negra”.

Segundo a PCA Dagmar Eugênio Silva, o trabalho foi realizado em etapas. “Primeiramente toda a equipe da área, composta pelos professores Celia Regina Pedro, Fernanda Fazano, Valéria Testa, Sérgio Oliveira e Vitor Belavenutti trabalharam filmes, vídeos-documentários e textos voltados ao assunto nas salas de aulas de todas as séries com o objetivo de inspirar os alunos e proporcionar discussões. Um trabalho interdisciplinar contemplou ainda mais o processo com o projeto da professora Keli Nunes da área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias com alunos dos 8º anos, tudo isso direcionado a contemplar os currículos”, explicou.

Durante os trabalhos houve o convite da Diretoria de Ensino às escolas para participarem do VI Concurso Mês da Consciência Negra, promovido pelo Instituto do Negro Zimbauê de Assis, e foram convocadas as professoras Célia e Fernanda, uma para trabalhar as especificações com alunos dos 9º anos e Ensino Médio e outra com alunos do Ensino Fundamental. Para tanto os PCNPs Gisele Romão Barreto, de Geografia, José Carlos Zirondi, de História e Walter Vilas Boas, de Filosofia e Sociologia organizaram uma Orientação Técnica específica de fotografia para professores que foi realizada na Fema (Fundação Educacional do Município de Assis) e ministrada pelas professoras Carmem Portilho e Lella Sodré.

O tema da 3ª edição da Gincana Cultural da área de Humanas “Qual o seu Lugar no Mundo?”, que aconteceu no último dia 11, foi “Consciência Negra” e consolidou um trabalho amplo realizado pela equipe da escola.

“Durante o último mês alunos participaram de oficinas, assistiram filmes e vídeos, ensaiaram performances e tudo isso culminou na gincana. Durante todo o processo desta “Boa Prática” realizada pela equipe, os professores da área se dividiram em suas atividades, bem como na interdisciplinaridade e o resultado, foram relatos espontâneos durante o evento sobre preconceito e racismo vividos como da aluna do 9º ano B, Maria Eduarda Simphrônio, e da professora da área de Ciências da Natureza e Matemática, Maria Aparecida Martins, apresentação de violino com a música do grupo Legião Urbana, “Monte Castelo”, pela aluna do 2º ano A, Juliana Martins da Silva Costa, orientada pela professora Celia, apresentação da performance do poema de Victoria Santa Cruz, intitulado “Me Gritaram Negra” que contou com a interpretação irretocável da aluna do 2º ano A, Gabriela Costa da Silva e de alunos do Ensino Fundamental e Médio, organizado pela professora Valéria e outra performance que salientou a importância da “Black Music”, no contexto mundial, através do cantor James Brown, interpretada pelos alunos do 3º ano A, Marcos Paulo Sedakow Gomes e Marcelo Augusto de Oliveira e orientada pelo professor Sérgio e os alunos ainda contaram com a presença do professor de direito da Fema Sérgio Augusto Frederico, que é advogado do Instituto do Negro de Assis e presidente da Escola de Samba Unidos da Vila Operária, que ressaltou a importância de momentos como este, bem como do resgate do samba e da cultura negra para os jovens”, explicou a coordenadora.

Segundo Dagmar, a gincana que teve como vencedora a equipe amarela, composta por alunos do 7º ano B, 9º ano A e 1º ano B, ocorreu durante todo o dia e contou com o apoio dos integrantes do Grêmio Estudantil e alunos da Unesp de Assis, vinculados ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) e teve início com a parte cívica com o canto do Hino Nacional, leitura do texto “História da Consciência Negra”, interpretação de poesia, prova quebra cabeça de monumentos históricos de Assis, reescrita (pintura) de obra de Debret; frase sobre o tema do evento; circuito de charadas; prova do cadeado; gol a gol; dança das cadeiras; ovo na colher; corrida do saco; questões escritas e objetivas; prova da bexiga e cabo de guerra.

“Nós tentamos levar nossos alunos a refletirem sobre questões tão presentes atualmente na sociedade e que oprimem tantas pessoas. O racismo, o preconceito, a homofobia, o bullyng são questões diferentes, mas que estão totalmente relacionadas e devem cada vez mais fazer parte das discussões dentro de ambientes escolares. A tomada de consciência, o reconhecimento de si mesmo e o empoderamento foram as principais conquistas junto aos alunos neste período. As provas foram todas preparadas dentro do contexto e a partir da essência do currículo de Humanas, como a releitura da tela de Jean Baptiste Debret intitulada “Volta à cidade de um proprietário da chácara”, onde as telas surpreenderam os jurados, um momento decisivo e próprio de assuntos culturais históricos e artísticos, tudo isso aconteceu com uma trilha sonora preparada especialmente para levar aos alunos conhecimentos para ampliar sua bagagem cultural”, concluiu.

Na próxima semana uma bicicleta será sorteada entre os alunos que estiveram presentes na gincana, apoio ofertado pelo presidente da Coopermota, Edson Valmir Fadel, mais um parceiro do “Carolina Burlai” ao qual toda equipe agradece.