‘Golpe da pirâmide’ volta a fazer vítimas na região

 

A Delegacia Seccional de Bauru vem registrando nos últimos dias casos de pessoas da região Centro-Oeste Paulista que se dizem vítimas de um golpe financeiro conhecido como “pirâmide financeira”.

Com a promessa de lucro fácil e rápido, os golpistas acabam enganando suas vítimas, que não conseguem recuperar o dinheiro perdido. Só em Pirajuí, quatro pessoas já procuraram a delegacia local.

Uma das vítimas, que prefere não se identificar, explica que perdeu cerca de R$ 7 mil ao aderir a um “negócio superlucrativo”, que tinha relação com telefonia celular e consistia na remuneração futura com a movimentação das vendas.

A Polícia Civil está investigando uma suposta empresa que ofereceu esse tipo de negócio para muita gente. Segundo o delegado seccional de Bauru, Ricardo Martines, a “pirâmide” é considerada pela Justiça um crime contra a economia popular.

“É a capitação de recursos para investimentos que não passam de especulações. Ou seja, não há garantia de lucro para todos os envolvidos. Os giolpistas dão muito mais ênfase ao ganho do que a um produto, que é virtual, não existe. O importante é que se faça a denúncia”, explica Martines.

O delegado lembra ainda que a investigação é sempre complicada porque muitas pessoas que caem neste tipo de golpe não procuram a polícia, seja porque não enxergam crime na atividade, seja porque têm vergonha.

De acordo com o advogado Fernando Targa, presidente da Comissão de Direitos do Consumidor da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), é preciso muito cuidado para não se envolver nesse tipo de situação, pois a recuperação do dinheiro é muito complicada. Fonte: G1

“Se a vítima não consegue identificar quem encabeça a pirâmide, não há como pleitear direito na Justiça, porque, quando se move uma ação, o interessado precisa demandar contra alguém”, explica o advogado.