Mãe diz que foi agredida ao tentar separar briga das filhas em Ourinhos

 

A mãe de duas meninas, de 10 e 14 anos, registrou um boletim de ocorrência e alega ter sido agredida por adolescentes quando tentava separar a briga entre os menores e as filhas em Ourinhos (SP). “Eu vi na esquina da minha casa quando estavam umas dez em cima da minha filha. A hora que eu entrei no meio, vieram de soco e mordidas em mim. Foi chute, puxão de cabelo, unhada, foi coisa que não é de criança. Se não tivesse gente entrado no meio tinha acontecido coisa pior”, conta a doméstica Márcia Cristiane de Souza.

As duas meninas estudam na escola estadual Recanto dos Pássaros. Márcia diz que a confusão começou quando a filha mais nova foi ofendida por um colega. “Começou na escada da escola, minha filha mais velha as viu batendo na pequena, ela foi entrar no meio e bateram nela.”

A jovem de 14 anos conta que foi agredida ao defender a irmã mais nova, de 10, na saída da escola. “Ela me bateu com chutes, me deu soco. Ela e os irmãos dela. Algumas pessoas chegaram para separar e outras ajudaram a bater. Nós fomos embora e quando chegou na esquina de casa, ela começou a bater de novo e minha mãe tentou separar, mas ela bateu na minha mãe também.”

Após a confusão, a doméstica foi à escola e comunicou a diretora que faria um boletim de ocorrência. As alunas não querem voltar para a escola e já pediram transferência. A família procurou a Delegacia de Defesa da Mulher. Como os envolvidos são menores de idade, a ocorrência foi registrada como ato infracional. “Nós faremos um ofício com todas as informações desse ato infracional para enviar para o Ministério Público ou para a Vara da Infância e Juventude”, explica a delegada Ana Rute de Castro Bertolaso.

Segundo a diretora regional de ensino, Silvia Maria Rodrigues Nunes Cantarin, já existiam conflitos entre os alunos quando estudavam em outra instituição. As ofensas aconteceram dentro da escola, mas a briga foi do lado de fora. “Houve uma ofensa dentro da escola, mas a professora mediadora de conflitos tentou orientar e apaziguou a briga. O que estava ao alcance da escola foi feito”, afirma. Fonte G1