Manifestantes pedem que vereadores recebam salário mínimo em Ourinhos

 

Um munícipe de Ourinhos (SP) foi impedido de usar a tribuna da Câmara na sessão de segunda-feira (31), durante um protesto que pedia a redução no salário dos vereadores e revogação da lei que prevê aumento no número de cadeiras no legislativo a partir de 2017. A sessão foi encerrada duas horas antes do previsto.

Manifestantes soltaram rojões e colocaram um carro de som na porta da Câmara. Os manifestantes foram ao legislativo para reclamar do salário e da lei do aumento de cadeiras, mas descobriram que o assunto não seria discutido e se revoltaram. O representante que havia se inscrito para usar a tribuna foi impedido por questões regimentais. Por conta do tumulto, a sessão acabou sendo suspensa.

O morador Roberto Carrasco, o manifestante que pretendia usar a tribuna, entregou diretamente as reivindicações do movimento para um vereador, pedindo que ele entregasse aos colegas de trabalho. “Nossa intenção era manifestar quatro pontos: o aumento de cadeiras de 11 para 15, a redução do salário deles, o corte dos assessores que eles têm aqui e também o corte dos cargos de comissão do executivo, além de redução de salário dos que ficarem”, explica.

A sessão chegou a ser retomada, mas um bate-boca entre a própria população presente acabou encerrando os trabalhos mais cedo.A sessão terminou duas horas antes do normal e as pessoas se juntaram na frente do prédio da Câmara para ouvir Carrasco.

O movimento popular em Ourinhos quer que o salário dos vereadores passe dos atuais R$ 7,6 mil para R$ 788, valor do salário mínimo.O vereador Alexandre Florêncio Dias (PMDB) se pronunciou depois da confusão. “Não sou contra nem a favor da redução dos salários. Se for pra reduzir ou pra trabalhar sem ter salário, tudo bem, eu só não vou poder dedicar 100% do meu dia como eu me dedico.”

Sobre o impedimento do representante usar a tribuna na sessão de ontem, a alegação foi de que a palavra já tinha sido dada a outro morador da cidade. O regimento interno do legislativo, no entanto, não limita o número de pessoas a usar a tribuna. Cabe ao presidente da casa decidir quantos vão usar o microfone popular. Fonte G1