Prostituição infantil e juvenil é tema de reunião em Assis

 

Na última segunda-feira, 22, no Espaço da Cidadania, situado no interior da Secretaria Municipal da Saúde, o Conselho Tutelar e representantes de diferentes entidades da cidade (Secretaria Municipal da Assistência Social, CREAS, CRAS, Polícia Civil, Polícia Militar) participaram de uma reunião para discutir a questão da prostituição infantil e juvenil na cidade. Em Assis, o Conselho Tutelar vem registrando um crescimento de denúncias envolvendo a prostituição de meninas. Estes casos vêm crescendo a cada ano, atingindo principalmente os bairros periféricos da cidade.

Atualmente, o grande foco de preocupação é a região do Terminal Rodoviário, na avenida Getúlio Vargas, que dá acesso à rodovia Raposo Tavares (SP-284), quando o número de mulheres se prostituindo no local vem crescendo acentuadamente. E algumas adolescentes já foram observadas pelo Conselho Tutelar naquela região.

A reunião foi extremamente proveitosa com as partes se comprometendo a adotar medidas para combater a questão da prostituição infantil e juvenil no município. Na visão do presidente do Conselho Tutelar de Assis, Sérgio Vieira, de forma geral, a prostituição infantil trata-se da exploração sexual de uma criança ou adolescente a qual, por vários fatores, como situação de pobreza ou falta de assistência sócia e psicológica, torna-se fragilizada. Dessa forma, tornam-se vítimas do aliciamento por adultos que abusam de adolescentes, os quais ora buscam o sexo fácil e barato, ora tentam lucrar corrompendo tais crianças e adolescentes, conduzindo-os ao mercado de prostituição.

Ele comentou que assim, não se deve associar a prostituição infantil e juvenil apenas à condição de pobreza da criança, mas sim considerar as particularidades de sua manifestação. Também para além da pobreza, o desenvolvimento de vícios por drogas conduzem essas crianças a uma situação deplorável e de extrema necessidade de cuidados especiais. Para atenderem às imposições da dependência química que as dominam, vendem seus corpos para conseguirem algum dinheiro para a compra de drogas (ou mesmo aceitam fazer programas tendo como pagamento a própria droga).