Março é o mês dedicado a São José. No Brasil, inúmeras pessoas (quantos Josés, Marias Josés ou Josefinas!), instituições, asilos, colégios, paróquias, empresas, cidades e vilas levam o seu nome. Ele é tão popular que “Zé” tornou-se um apelido bem brasileiro. Apesar disso a devoção a São José é silenciosa e discreta como ele próprio o foi. É o protetor da família, dos carpinteiros, tesoureiros, engenheiros, trabalhadores manuais e das pessoas que procuram casa. Imaginem que ele protege até jornalistas!… Além disso, é o padroeiro da boa morte. Provavelmente teve Jesus e Maria ao seu lado em seu último momento.
Os Evangelhos falam dele apenas o suficiente para dizer que era um “homem justo”. Sua participação foi importantíssima na vida do Filho de Deus na terra. Poucas vezes teve seu nome citado nos Evangelhos. A última vez em que é citado está em Lucas (4, 22), quando os escribas admirados com a sabedoria do Menino Jesus no templo, questionaram “Não é esse o filho de José, o carpinteiro”? Não. Jesus não foi filho de José, que não teve nenhuma participação na gravidez de Maria, pois foi gerado por obra e graça do Espírito Santo.
Teria sido um trabalhador, classe média baixa, pois quando levou Jesus ao templo para ser circuncidado ofereceu como sacrifício apenas um par de rolas e dois pombinhos, oferta que os pobres faziam. Apesar disso, era de linhagem real, descendente do rei Davi. Carinhoso e respeitoso, como ao demonstrar preocupação com a reputação de Nossa Senhora. Corajoso, quando enfrentou vicissitudes ao fugir com a família para o Egito, a fim de livrar o Menino das garras de Herodes.
Fecho esta homenagem lembrando o hino à São José que marcou minha infância no catecismo da Igreja Matriz da minha terra: “Vinde, alegres cantemos / A Deus demos louvor / Ao Pai exaltemos / Sempre com mais fervor / São José, a vós nosso amor / Sede o nosso bom protetor / Aumentai o nosso fervor / Aumentai o nosso fervor”…
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(Alcindo Garcia é Jornalista) e-mail:alcindogarcia@uol.com.br

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