17 anos após latrocínio, Justiça condena quarteto por assassinato de empresário em Assis

A Justiça de Assis (SP) condenou os quatro réus pelo assassinato de José Victor Bellucci, empresário do ramo imobiliário de Assis (SP), que foi vítima de um latrocínio, roubo seguido de morte. O caso ocorreu em 2006, e a sentença só foi proferida nesta quinta-feira (14), 17 anos depois, somando uma condenação de mais de 70 anos de prisão aos responsáveis pelo crime.

O julgamento dos réus Ronaldo Pedro da Cruz, Rodrigo Dias da Silva, Marcos Adriano Braga da Silva e Antônio Aparecido Gomes começou às 9h da manhã de quarta-feira (13) e se estendeu até às 4h da manhã desta quinta, no Fórum de Assis.

Na época do crime, José Victor Bellucci, de 59 anos, foi vítima de um estrangulamento durante um roubo em sua empresa. Em dezembro de 2006, ele e um funcionário foram rendidos por dois homens armados. Bellucci foi agredido por eles.

Os criminosos anunciaram o assalto e prenderam os pés e as mãos do dono e do empregado. Eles levaram quase R$ 1 mil em dinheiro. Quando o empresário foi solto por um cliente que chegou ao local momentos depois da invasão, ele estava desacordado e houve um tentativa de reanimá-lo. A vítima chegou a ser socorrida ao Pronto-Socorro, mas morreu em decorrência de um estrangulamento.

Durante o Júri Popular, Antônio Aparecido Gomes, apontado como mandante do crime, não compareceu ao julgamento; Rodrigo Dias da Silva foi ouvido por videoconferência.

Já o réu Ronaldo Pedro da Cruz, que confessou o assassinato, chegou a passar mal durante o julgamento e precisou ser atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel (Samu), no próprio Fórum.

Ao final do julgamento, o júri formado por sete pessoas decidiu pela condenação dos réus, que respondiam em liberdade pelo crime.

Penas

A condenação do quarteto soma 70 anos e quatro meses de prisão. Ronaldo Pedro da Cruz foi condenado a 20 anos e oito meses de prisão em regime fechado, por homicídio e furto. Rodrigo Dias da Silva foi condenado a 23 anos e oito meses de prisão em regime fechado, também por homicídio e furto.

Antônio Aparecido Gomes foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado por homicídio. Já Marcos Adriano Braga da Silva foi condenado a 5 anos de reclusão em regime semiaberto.

As penas foram determinadas, levando em conta a gravidade dos crimes cometidos e a participação de cada um dos acusados.

Fonte: G1