Menino de 8 anos que morreu após passar três vezes pelo mesmo hospital em Maracaí teve febre maculosa, aponta laudo

 

Um exame do Instituto Adolfo Lutz confirmou que o menino Kauã Francisco dos Santos, de 8 anos, morador de Maracaí (SP) e que morreu no último dia 15, após passar por três unidades de saúde, foi vítima de febre maculosa, doença transmitida pelo carrapato-estrela.

Menino de 8 anos que morreu em Maracaí teve febre maculosa, diz exame, Kauã Francisco dos Santos (Foto: Arquivo pessoal)

Menino de 8 anos que morreu em Maracaí teve febre maculosa, diz exame, Kauã Francisco dos Santos (Foto: Arquivo pessoal)

Na ocasião da morte do garoto, familiares alegaram negligência por parte do Hospital de Maracaí, onde a criança recebeu o primeiro atendimento assim que começou a ter sintomas.

A dona de casa Viviane Santos, mãe de Kauã, conta que procurou atendimento duas vezes no Hospital de Maracaí assim que o filho começou a reclamar de dores na cabeça.

Como ele não melhorou, ela o levou até o Centro de Saúde da cidade. O estado de saúde seguiu complicado e ele foi levado novamente para o Hospital de Maracaí.

Cinco dias após o primeiro atendimento, Kauã foi transferido para a UTI do Hospital Regional de Assis, depois do agravamento de seu quadro – ele já não andava, não comia e nem conseguia ir ao banheiro. Após dois dias na UTI, o menino morreu de parada cardiorrespiratória.

Com a confirmação de febre maculosa, a prefeitura de Maracaí anunciou providências para evitar novos casos.

Menino que morreu em Maracaí morava em região próxima a mata e rio, habitada por capivara, a hospedeira do carrapato estrela (Foto: TV TEM/Reprodução)

Menino que morreu em Maracaí morava em região próxima a mata e rio, habitada por capivara, a hospedeira do carrapato estrela (Foto: TV TEM/Reprodução)

A primeira delas será sinalizar a região onde Kauã morava, que é cercada de mata e cortada por um rio. A preocupação é que o local possui muitas capivaras, animal que é o hospedeiro do carrapato estrela.

Outra recomendação da prefeitura é que as pessoas procurem os serviços de saúde assim que os primeiros sintomas aparecerem.

O caso do garoto Kauã, somado à morte no último domingo (29) de uma adolescente de 15 anos, moradora de Salto, reacende a preocupação com o avanço da doença no interior paulista.

Assim como o menino de Maracaí, a adolescente de Salto teve um avanço rápido dos sintomas e na piora de seu quadro, o que fez um tio da menina classificar a doença como “avassaladora”.