Policial militar é flagrado fumando maconha enquanto dirigia, tenta fugir, mas acaba interceptado em Presidente Prudente
Um cabo da Polícia Militar, que não estava em serviço, foi flagrado fumando maconha enquanto dirigia um carro na Avenida Manoel Goulart, em Presidente Prudente, no último sábado (24).
Segundo informações obtidas pelo G1, o policial foi visto transitando em velocidade baixa pela via. Ele estava acompanhado da namorada.
Ao avistar o carro, os PMs que estavam em uma viatura emparelharam o veículo VW Gol, viram o motorista fumando um cigarro e sentiram um forte cheiro de maconha. Então, pediram para o PM parar. O motorista, que transitava no sentido Centro–bairro, não parou e tentou fugir.
Na altura da rotatória do Jardim Monte Alto, os PMs pediram ajuda a outros policiais, que conseguiram interceptar o motorista – que estava fumando maconha no veículo – já na Vila Santa Helena.
No carro, os policiais encontraram “uma substância esverdeada”, semelhante a maconha. No maço de cigarros do PM, foi encontrado outro cigarro de maconha, intacto.
Na Delegacia Participativa da Polícia Civil, onde o caso foi apresentado, o policial militar abordado permaneceu em silêncio.
O PM interceptado, segundo as informações apuradas pelo G1, “apresentava apenas os olhos vermelhos”.
Um médico legista foi acionado e constatou que o policial militar estava com a capacidade psicomotora preservada.
Ele foi autuado administrativamente por conduzir veículo automotor sob efeito de substância psicoativa.
O carro do PM foi apreendido porque o documento estava com o licenciamento vencido.
Polícia Militar
O G1 solicitou nesta segunda-feira (26) um posicionamento oficial da Polícia Militar sobre o assunto, mas até o momento desta publicação não obteve resposta.
Crime ou não?
O caso registrado em Presidente Prudente ocorre em meio à discussão do julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da ação que decidirá se o porte de drogas é crime.
O ministro Alexandre de Moraes liberou na sexta-feira (23) para julgamento a ação que decidirá sobre o tema.
A expectativa é de que o caso só seja analisado em 2019, ma vez que a pauta até o fim do ano já está definida.
O Supremo começou a analisar a ação em 2015 e três ministros votaram. Na ocasião, porém, o ministro Teori Zavascki pediu vista, ou seja, mais tempo para estudar o caso. Teori morreu em 2017 e, ao se tornar ministro, Alexandre de Moraes herdou o processo.
Moraes, então, estudou o processo por quase um ano e meio e, agora, liberou o tema para julgamento.