Após demissão, autônomo lucra com venda de usados na internet

 

A internet tem sido usada como meio de doar o que não precisa mais e de fazer negócios. Móveis usados, roupas usadas, tudo pode ser vendido ou doado. A rede mundial de computadores, aliada às redes sociais, tem salvado a pele de muita gente que perdeu o emprego fixo, como o  autônomo Rogério Luiz de Souza, que encontrou na internet uma forma de lucrar em tempos difíceis.

O morador de Marília (SP) perdeu o emprego, mas não se deixou abater. “Se não fosse a internet ia ser muito difícil, porque hoje em dia o serviço está difícil e com a ajuda da internet eu consigo faturar uma graninha para ajudar dentro de casa.”

Nas redes sociais, Rogério participa de dezessete grupos de compra e venda de produtos usados. Em uma geladeira, por exemplo, ele pagou R$ 300, mas vai recuperar colocando a venda por R$ 450. Mesma coisa com o fogão , que ele pagou R$100, mas que precisa de uma reforma antes de colocar à venda na internet.

“A internet é um meio para vender esses tipos de objetos que eu vendo, móveis, de tudo. Compro, revendo e também reformo para depois vender. Quando está usado, que não está em bom estado, a gente pinta, reforma, para depois colocar no site para vender”, explica Rogério.

Nos grupos, a personal party Ana Belo encontrou um jeito de renovar o guarda-roupas da filha sem gastar muito. Ela participa de um grupo, há mais de dois anos, que é exclusivo pra compra e venda de roupas de crianças. “Eu desapego para apegar. Vendo peças em perfeitas condições de uso. As que não servem mais, algumas até servem, mas como a gente quer comprar uma coisa nova, está sempre trocando, então a gente acaba vendendo. A gente vende por um preço mais acessível, de acordo com as condições da peça.”

A Ana compra roupa bem antes de servir para a filha para aproveitar o preço e também para deixar guardado. “A gente sempre aproveita essas épocas, final de inverno sai um pouco mais barato, ai a gente aproveita.”

Além de fazer toda negociação, Ana também administra um dos grupos, que tem mais de dezenove mil participantes. “A mãe vai lá, posta uma foto, especifica o tamanho, as condições da peça e o valor. Algumas fazem a retirada em casa, se for da mesma cidade, outras fazem o despacho pelo correio.”

Além dos grupos que servem para lucrar, também tem os que servem apenas para desapegar, O funcionário público André Fernandes Primo dos Santos usa a rede social para doar o que não serve mais. “Incialmente eu comecei a participar desses grupos para compras, encontrar boas ofertas, produtos em boas condições que fosse da minha necessidade, e recentemente troquei alguns móveis e decidi fazer a doação, para ajudar as pessoas que realmente necessitam.”

Ele disse que pela internet já doou o guarda-roupa e a cama. O próximo móvel que vai doar será essa escrivaninha. “Hoje em tempos difíceis que a gente passa, é legal por parte das pessoas fazer essas caridades, e eu pensei dessa forma, ajudar as pessoas que necessitam.” Fonte G1