Após mais de 11 anos, suspeitos de matar e esquartejar grávida são julgados em Assis

Os quatro suspeitos de matar e esquartejar uma mulher que estava grávida são julgados pelo Tribunal do Júri nesta terça-feira (27) no fórum de Assis (SP), cidade onde aconteceu o crime, em março de 2008.

O julgamento começou por volta das 9h, teve uma pausa para o almoço às 14h, e foi retomado com o depoimento das 13 testemunhas que estavam arroladas. Após a fala das testemunhas, a acusação e defesa poderão falar por três horas, seguidas de réplica e tréplica.

Às 16h desta terça, a previsão de advogados que participam da sessão é que o Júri só termine na madrugada desta quarta-feira (28).

Segundo as investigações, o crime foi cometido pelo ex-marido da vítima, Cristiano Aparecido Augusto, com a ajuda de seu irmão, Adriano Aparecido Augusto, e de dois vizinhos, Abílio Eduardo Fernandes Teixeira e Jairo Alves Sampaio.

Os irmãos Cristiano e Adriano Aparecido Augusto foram presos em 2012, mais de quatro anos após o crime — Foto: TV TEM/Reprodução/Arquivo

Os irmãos Cristiano e Adriano Aparecido Augusto foram presos em 2012, mais de quatro anos após o crime — Foto: TV TEM/Reprodução/Arquivo

Todos foram presos após quatro anos de investigações, em novembro de 2012. No dia 19, os vizinhos foram presos pela Polícia Civil e, três dias depois, foram presos os irmãos. Todos eles aguardavam o julgamento em liberdade.

Os quatro suspeitos serão julgados por homicídio qualificado pelo assassinato da cozinheira Silvia Cassiano, que à época tinha 30 anos.

Após matá-la, os suspeitos esquartejaram seu corpo e mantiveram armazenados por dois meses os pedaços do corpo, que foram espalhados em vários locais na tentativa de não chamar a atenção da polícia. A cozinheira estava grávida e o feto foi localizado junto à sua ossada.

As investigações da Polícia Civil apontaram ainda que todos os acusados também eram suspeitos de participação em tráfico de drogas.

O Júri é presidido pelo juiz Diogo Porto Vieira Bertolucci e a acusação fica a cargo do promotor Fernando Fernandes Fraga. Fonte G1