Assisenses protestam exigindo ‘vacina no braço e comida no prato’
Representantes de professores e bancários ligados a sindicatos filiados à Central Única dos Trabalhadores -CUT- promoveram um protesto em frente a Câmara Municipal de Assis na tarde desta quarta-feira, dia 26 de maio.
O ato, intitulado, ‘Comida no prato, vacina no braço’, organizado pela central sindical, ocorreu em vários municípios brasileiros.
“Estamos exigindo das autoridades públicas locais, posições progressistas em benefício da classe trabalhadora e pobre, que é a mais afetada pela pandemia e pela omissão criminosa, sobretudo, do Governo Federal”, asseverou um representante da Apeoesp de Assis.
Em Assis, o ato foi marcado pela entrega de uma carta na Câmara Municipal. “O conteúdo do documento se resume na defesa incondicional dos trabalhadores, pela distribuição imediata do auxílio de R$ 600,00 para toda a população, pela vacinação imediata dos brasileiros”, resumiu o professor Nilson Silva, representante regional dos professores estaduais.
Veja documento entregue aos vereadores:
CARTA DE PRORIDADES DOS TRABALHADORES
“No dia 26 de maio de 2021, as Centrais Sindicais – CUT, CSB, NCST, Força Sindical, UGT, CTB, Pública, CGTB, Intersindical e CSP Conlutas – apresentam sua primeira Agenda Legislativa unitária, elaborada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP). O objetivo da Agenda é subsidiar a ação sindical institucional de diálogo junto aos parlamentares e à sociedade em geral sobre os temas conjunturais e estratégicos que estão em tramitação no Congresso Nacional, seja na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal.
As ações simbólicas do dia 26 têm como objetivo alertar a sociedade e os três poderes para a situação dramática vivida atualmente pela população brasileira. Como parte desta mobilização, os sindicatos e trabalhadores de Assis/SP, filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), entregam à Câmara Municipal uma solicitação para que seja promovida a interlocução entre as Centrais Sindicais e suas entidades de base (sindicatos, federações e confederações) e o poder legislativo, na busca da ampliação da proteção social e trabalhista, da geração de empregos de qualidade e do crescimento dos salários e dos rendimentos oriundos do trabalho, do desenvolvimento econômico inclusivo e ambientalmente sustentável, da valorização dos sindicatos e da negociação coletiva, do combate às desigualdades e na promoção da justiça social, da liberdade e da proteção do Estado Democrático e Social de Direito.
A agenda apresenta como prioridades Legislativas para 2021 as medidas e projetos relacionados à proteção da vida, do emprego e da democracia. Assim, solicitamos aos vereadores que defendam projetos e medidas que garantam tais prioridades. Os trabalhadores precisam urgentemente:
– da defesa de medidas para acelerar a vacinação para todos, principal forma de imunização da população e da prevenção contra a doença e a morte, base sobre a qual se sustentará a retomada da atividade econômica.
– da garantia da proteção da renda oriunda do trabalho para se promover a efetividade das medidas de isolamento social, com a manutenção do Auxílio Emergencial de R$ 600,00 conquistado em 2020 e que protegeu quase 70 milhões de pessoas, bem como a proteção dos empregos e salários, que devem ser mantidos enquanto durar a pandemia.
– da valorização do SUS e dos profissionais de saúde
– da proteção dos trabalhadores(as) em atividades essenciais, entre outras importantes questões que se destacam para a proteção da vida.
– da construção de um plano de retomada segura das atividades econômicas e laborais, com a criação de medidas de apoio aos setores mais atingidos pelo travamento da economia, articular e coordenar iniciativas que deem segurança sanitária aos trabalhadores e usuários dos serviços públicos.
– de medidas para combater o racismo, o desmatamento, a ocupação de terras indígenas e o trabalho infantil. A igualdade salarial entre homens e mulheres, além de ampliar políticas de combate à violência de gênero, doméstica, familiar e a LGBTfobia.
Assim, buscamos o diálogo com a vereança de Assis para pressionar pela votação de projetos de interesse popular e pela retirada de pauta daqueles que atacam os direitos e a democracia, nos limites que circunscrevem o poder municipal. Também solicitamos que nossos vereadores atuem junto às bancadas de seus partidos no Congresso Nacional pelo cumprimento desta agenda prioritária para a classe trabalhadora. Fonte: Jornal da Segunda