A atleta assisense, Mariana Nunes, a Má Nunes, campeã Brasileira de Kickboxing, está meio decepcionada com a prefeitura de Assis, precisamente a Secretária de Esporte, que cortou sua bolsa auxílio pela metade.

Segundo a lutadora, na manhã desta quarta-feira, 12, recebeu uma ligação para ir para na Secretaria de Esportes para renovar o contrato e para sua decepção, a bolsa que era de R$500, caiu para R$250. “Desde 2014 trago títulos e elevo o nome da cidade e o que a gente ganha? Uma bolsa cortada pela metade em véspera de Campeonato Pan-americano onde eu preciso de R$6,000”, questiona.

Ainda segundo Má, a secretaria sempre alegava que precisava de um planejamento anual.  “Já levei meus gastos umas 3 vezes, já envie por e-mail, levei em mãos também e a reposta é sempre a mesma.  Não tem verba, que a bolsa que é paga mensalmente é para ser gasta nos campeonatos. Como é que um atleta internacional se mantêm com uma bolsa de R$250,00? Isso não paga nem minha alimentação de um campeonato. O descaso é tão grande que parece que estou fazendo um favor, pela forma que sempre sou tratada quando entro lá. Sou mãe, atleta e professora. Não estou pedindo esmola, peço apenas o que é meu de direito. Quatro anos representando a cidade como atleta nacional, regional e internacional e recebendo a mesma quantia de quem começou agora, mesmo fazendo parte de uma Confederação Brasileira (sendo ela GOVERNAMENTAL, contando pontos para ranking da cidade). Eu não tenho orgulho de representar a Secretaria de Esportes de Assis, mais tenho orgulho de representar todos os cidadãos de Assis, porque fazem parte da minha história, das minhas vitórias, porque nunca precisei mendigar nada. É sempre uma troca bonita. Meus patrocinadores estão comigo desde início. Muitas pessoas altruístas me ajudam sem querer nada em troca, apenas querem me ver vencer. Mesmo o esporte salvando vidas, tirando as pessoas da depressão, tirando crianças da rua, adolescente das drogas é esse nosso governo hoje, vocês não fazem ideia do que o esporte pode fazer na vida de alguém. Eu vejo de perto isso todos os dias em todos meus alunos e na minha própria vida”, desabafa.

O Em Assis não conseguiu falar com o Departamento de Esportes, mas deixa espaço aberto para o órgão se manifestar sobre o assunto.