Avó de Pedrinhas Paulista fala da experiência de ser mãe novamente aos 60 anos
Vilma com o marido, as duas filhas Carolina e bebê
Rebeca, e os netos Gabriel e Sara — Foto: Arquivo pessoal
Moradora de Pedrinhas Paulista (SP), a professora aposentada Vilma de Fátima Alves Di Ramo, de 60 anos, já era avó de um casal de netos quando decidiu realizar um sonho antigo de ser mãe pela segunda vez.
A pequena Rebeca, hoje com 9 meses, nasceu em outubro de 2023 após uma gestação por fertilização in vitro. O nascimento da segunda filha trouxe uma situação inusitada para a vovó Vilma, que além dos netos que têm 11 e 9 anos, divide sua rotina de cuidados com a filha, ainda bebê.
“O Gabriel quando viu a avó grávida teve muito ciúmes, porque ele é muito apegado a mim. Então durante essa fase parecia que o amor dele por mim tinha se partido no meio. Mas, quando a Rebeca nasceu ele foi superando isso. Foi como se eu voltasse a ser a avó dele”, conta.
A receita da avó para driblar o ciúmes dos netos Gabriel, de 11 anos e Sara, de 9, que são para ela “os filhos com açúcar”, foi dar atenção total a eles quando estão na sua casa e fazer tudo o que pedem como toda vovó.
“O amor é voltado para eles. Tem amor para todos. Eu cuido, zelo, alimento e o amor é focado neles. Nunca deixo de fazer o misto quente que eles amam tanto, de responder quando eles me chamam. Eu e meu marido tentamos suprir tudo o que eles precisam quando estão com a gente, para que eles não sintam tanto esse ‘golpe’ que foi o nascimento da neném, porque foi bastante duro para eles no início.”
Netos de Vilma, Gabriel e Sara, com a filha
dela, Rebeca — Foto: Arquivo pessoal
Os netos de Vilma e do marido, o agricultor Constantino Di Raimo, de 62 anos, são filhos da primogênita do casal, Carolina, que por 36 anos foi filha única. Ela foi a primeira a saber da gestação da mãe.
“Inicialmente para todos foi um choque, porque não esperávamos que daria certo assim tão rápido [ a fertilização]. Minha filha viveu um misto de sentimentos, porque é algo realmente fora do comum, ela já é mãe, foi filha única por 36 anos e agora tem uma irmã bebê. Mas, passado esse choque inicial, ela ficou muito emocionada”, lembra Vilma.
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Apesar da experiência simultânea de ser avó de crianças e mãe de uma bebê, Vilma acredita que consegue separar bem as responsabilidades de cada “função”.
“Com filhos, a mãe é mais dura, dá bronca, precisa ser, tem que corrigir, por mais que isso pareça que fere o nosso coração por dentro. Agora como os netos não tem isso, eles podem tudo com avós, são os filhos com açúcar, é também como se fosse da gente mesmo, mas sem ter nascido de nós”, afirma.
E nesta sexta-feira (26), em que é comemorado o dia dos avós, a professora resume o sentimento de poder participar da vida dos netos.
“Só quem vive essa experiência de ter os filhos, depois os netos, ver eles crescerem para entender. Poder ser avó é algo indescritível. O amor que temos pelos netos não tem como mensurar, pesar, não dá”, finaliza.
Vilma e o marido com os netos em
Pedrinhas Paulista — Foto: Arquivo pessoal
Fonte: G1