Bacia do Médio Paranapanema traça plano de trabalho
Oficina na FEMA discutiu ações do comitê para os próximos 12 anos
Na semana passada, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Médio Paranapanema, o CBH-MP, esteve reunido para discutir a construção do Plano da Bacia. Em Assis, a oficina de trabalho aconteceu na FEMA.
“A elaboração desse plano é participativa, justamente para que cada representante traga sua realidade e compartilhe suas experiências”, explica a professora da FEMA Elaine Amorim, que representa a instituição no comitê. “A oficina foi muito produtiva. Acredito que esse plano será muito mais real”.
O objetivo desse encontro, realizado na terça-feira, dia 30, é mobilizar os membros do comitê e demais representantes da sociedade civil, dos municípios e dos usuários de recursos hídricos. Oficinas também aconteceram em Ourinhos, no dia 31, e em Pardinho, dia 1º.
Dessas reuniões, resultaram indicadores para a definição dos cenários e proposição de metas para os próximos 12 anos. “O relatório agora vai à plenária. E, assim que aprovado, o plano começa a ser executado”, diz Elaine Amorim.
O Plano da Bacia é obrigatório por lei. A estratégia é importante também para direcionar o orçamento recebido do Fehidro, o Fundo Estadual de Recursos Hídricos. Instituições filiadas aos comitês podem apresentar projetos para captar recursos junto ao fundo e assim desenvolver pesquisas.
Atualmente, a FEMA conta com duas linhas de estudos fomentadas pelo Fehidro. Uma delas avalia a qualidade das águas na sub-bacia do Pari e a quantidade de metais presentes. A outra pesquisa também analisa a qualidade das águas, neste caso, das nove nascentes urbanas de Assis. Ambos os trabalhos são feitos pelo CEPECI, o Centro de Pesquisas em Ciências.
As bacias hidrográficas de todo o país têm um órgão colegiado, tripartite e com presença do estado, cidade e sociedade civil que gerencia assuntos referentes às questões hídricas. A FEMA, como representante da sociedade civil, faz parte do Comitê da Bacia do Médio Paranapanema há mais de 15 anos.