Bancários continuam firmes e fortes na greve e a culpa é dos bancos

 

Os bancos bem que tentam, ordenam trabalho na madrugada, desrespeitam a lei de greve, mas a força de milhares de trabalhadores está aí para arrancar nova proposta dos banqueiros

Onze dias de greve e nada de os bancos se mexerem. Acham que vão vencer os bancários pelo cansaço, estão enganados. Cada vez mais trabalhadores participam da mobilização em todo o Brasil, uma das maiores da categoria nos últimos anos. Em Assis e região o movimento está firme e forte.

Bancário, participe também do tuitaço #exploraçãonãotemperdão e mostre sua indignação com a falta de nova proposta. Vale reclamar das condições de trabalho, do assédio moral, da falta de plano de cargos e salários no seu banco, da pressão para cumprir metas exorbitantes. Mande seu recado para os banqueiros pelo Twitter. Também vale usar a hashtag no Facebook; curta a página do Sindicato dos Bancários de Assis e região.

Outros setores da economia, nem tão pujantes como o financeiro, apresentaram propostas para seus trabalhadores, muitos deles atingidos diretamente pela crise internacional. É o caso dos metalúrgicos, que estão em campanha e têm a mesma data base dos bancários: 1º de setembro. Apesar de sofrerem diretamente os efeitos da queda na venda de automóveis e caminhões, dezenas de empresas ofereceram aos seus empregados a garantia do índice que recompõe pelo menos a inflação do período, de 9,88%.

O setor químico de São Paulo, também propôs aos seus empregados a correção dos salários pelo percentual equivalente à variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período de novembro de 2014 a outubro de 2015, que deverá girar em torno de 10%. A data-base da categoria é 1º de novembro.

“Como pode um setor em que a crise passa longe querer impor perdas aos seus empregados? Os bancos estão mais uma vez comprovando sua falta de compromisso, não só com seus empregados, a quem tentam convencer ser parte de um “time”, mas também com o país e toda a sociedade brasileira. É um setor que tem totais condições de ajudar o país a sair da crise, retomar o crescimento, mas faz o contrário”, destaca o sindicalista Helio Paiva Matos.