Barragens da região serão fiscalizadas após tragédia em Brumadinho
Seis barragens de hidrelétricas da região Centro-Oeste Paulista estão na lista da Agência Nacional das Águas para fiscalização imediata. Depois do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), a Agência decidiu intensificar as vistorias para garantir a segurança.
A tragédia deixou ao menos 84 mortos, dos quais 67 foram identificados até o fim da manhã desta quarta-feira (30).
O Conselho Ministerial de Supervisão de Respostas a Desastre do Governo Federal publicou nesta terça-feira (29) duas resoluções que determinam a fiscalização imediata de barramentos de diferentes finalidades, enquadrados como categoria de risco alto ou com dano potencial associado alto.
As barragens que ficam em Chavantes (SP), Bariri, Barra Bonita, Ourinhos, Ibitinga e Promissão. A classificação de risco é baixa, mas as seis barragens devem ser fiscalizadas.
No Brasil são 3.386 barragens de rejeito de minérios, hidrelétricas e reserva de abastecimento de água que serão vistoriadas para evitar desastres como o de Brumadinho.
Em Barra Bonita a hidrelétrica começou a operar em 1963 e o reservatório tem 150 quilômetros ao longo do rio Tietê. As cinco comportas que fazem o controle do volume de água estão abertas.
A AES Tietê Energia S.A – Concessionária responsável pelas barragens de Bariri, Barra Bonita, Ibitinga e Promissão – informou que as barragens têm estruturas consolidadas, seguindo rigorosos padrões técnicos de engenharia.
Também informou que as barragens são periodicamente monitoradas por instrumentos, além de inspecionadas e avaliadas por equipe técnica especializada, como drones subaquáticos e aéreos.
A AES Tietê afirma que há um plano de emergência para que todos saibam o que fazer caso tenha algum desastre.
As concessionárias que administram as barragens de Chavantes e Ourinhos disseram que estão verificando as informações sobre a fiscalização. Assim que eles responderem, a nota será publicada nesta reportagem.