Brasil faz dois nos acréscimos, e Neymar chora em vitória sofrida sobre a Costa Rica
Por Alexandre Lozetti, Edgard Maciel de Sá e Tossiro Neto
São Petersburgo, Rússia
Milhões e milhões de gargantas desentalaram nos acréscimos. O grito de gol veio à boca inúmeras vezes, mas parou no travessão, parou em Keylor Navas, parou numa rara má pontaria de Neymar, parou até no VAR, que anulou pênalti em cima do camisa 10. Quando o empate era uma realidade dura, Philippe Coutinho apareceu para concluir na grande área e fazer o Brasil respirar na Copa do Mundo. Respirar, tocar, tocar, tocar, dar olé e esperar o segundo, de Neymar, para o jogo poder acabar. Ao apito final se seguiram muitas lágrimas do atacante, ainda longe das condições ideais, mas sem um enorme peso nos ombros. Agora com quatro pontos, o Brasil vai decidir seu futuro contra a Sérvia, na próxima quarta-feira. Poderá passar em primeiro, em segundo ou nem avançar. Depende de outros resultados. Mas o futuro clareou após os gols no fim.
Até Coutinho e Neymar marcarem, aos 46 e 53 minutos, foram inúmeras as chances perdidas por um Brasil, dessa vez sim, melhor na prática. Com Douglas Costa no lugar de Willian, a equipe teve amplitude necessária para encontrar espaços na defesa da Costa Rica. Gabriel Jesus cabeceou no travessão, Navas fez boas defesas, a zaga cortes milagrosos, e quando não havia costarriquenhos no caminho, Neymar, num tapa de direita, desperdiçou chance rara. O pênalti anulado pelo árbitro foi como a certeza de que poderia haver mais dezenas de minutos e o gol não sairia. Nem toda certeza se concretiza. Felizmente. A insistência do Brasil castigou a cera da Costa Rica.
Mesmo há dois meses sem jogar, o lateral-direito substituiu o lesionado Danilo em alto nível. Apresentou-se para o jogo o tempo todo e cruzou para Gabriel Jesus cabecear no travessão.
O autor do primeiro gol do jogo foi eleito pela Fifa o nome da partida, após votação pela internet.
Confira aqui as notas das atuações dos jogadores na partida.
Neymar chegou a 56 gols pela seleção brasileira e empatou com Romário. É o quarto maior artilheiro da história, atrás de Pelé (95), Ronaldo (67) e Zico (66). Também igualou-se a Pelé e Rivaldo como únicos camisas 10 do Brasil a fazerem gols em duas Copas do Mundo seguidas.
“Apoiar acima de tudo. Críticas a gente tem demais, convivemos com isso. Jogadores, comissão, estafe, temos em mente o orgulho que carregamos nessa camisa. mais de 200 milhões. é apoiar. Temos de apoiar mais nossos jogadores”.