Caçambeiros protestam após aterro de entulho ser interditado em Assis
Caçambeiros de Assis (SP) protestaram nesta segunda-feira (17) pedindo um lugar para descartar o entulho recolhido na cidade. Eles interditaram a avenida Rui Barbosa com os caminhões para chamar a atenção das autoridades.
O problema já dura 17 dias, desde que a Secretaria Estadual do Meio Ambiente interditou o aterro de inertes de Assis, área onde é descartado entulhos de construção civil, após várias irregularidades encontradas.
Segundo os caçambeiros, eles não têm para onde levar os entulhos e estão perdendo dinheiro porque não conseguem mais trabalhar. Os manifestantes cobram uma área para depositar os materiais.
Na época, a fiscalização deu até o dia 15 de abril para prefeitura regularizar o transbordo do lixo e até o dia 30 de abril para regularizar a situação do lixo inerte, que é o entulho. A prefeitura informou que fará uma reunião com a Cetesb para apresentar os planos para descartar o entulho.
Interdição
O aterro foi interditado no dia 30 de março após a Secretaria do Meio Ambiente encontrar irregularidades no local. Foram encontrados resíduos domiciliares, resíduos industriais, podas e galhos. Segundo a Secretaria, o local estava totalmente inadequado, com a disposição totalmente inadequada, poluindo o solo, o lençol freático. O transbordo à área vizinha também estava irregular.
A atual administração alega que quando assumiu a prefeitura já havia 6 mil toneladas que deveriam ser levadas para Quatá. Além disso, todo mês a cidade produz 2 mil toneladas e o problema com a frota de caminhões tem atrasado o transbordo.
Em nota, o ex-prefeito de Assis, Ricardo Pinheiro Santana disse que a Cetesb interditou o aterro de inertes por considerar inadequada a operação que está sendo feita atualmente. Disse também que dizer que a interdição se deu porque a administração anterior deixou 6 toneladas de lixo sem transbordo mostra o desconhecimento da atual administração.
Em relação a área de transbordo, Ricardo Pinheiro disse ela foi construída na administração dele para atender a lei de política nacional de resíduos sólidos. Tudo dentro das normas ambientais aprovada e licenciada pela Cetesb e por isso operava normalmente até o fim do ano passado.