Câmara de Assis abre CPI para apurar denúncias de irregularidades na vacinação contra Covid
A Câmara Municipal de Assis (SP) instaurou uma CPI da Covid-19 para apurar irregularidades na vacinação na cidade.
A CPI foi aprovada na noite de segunda-feira (26), durante a 13ª sessão ordinária. O objetivo é investigar e apurar a conduta de agentes públicos e entidades privadas no emprego dos recursos destinados à saúde, além de averiguar possíveis irregularidades no processo de vacinação em Assis.
A publicação da lista dos vacinados em Assis gerou um grande número de denúncias ao Ministério Público, que está atuando no caso para apurar irregularidades.
Também em Assis houve polêmica com a vacinação ocorrida no 32º Batalhão da Polícia Militar, após denúncias de que esposas de alguns policiais haviam sido vacinadas na chamada “xepa da vacina”, que é sobra de doses que precisam ser aplicadas no dia.
O caso está sendo apurado pelo comando da PM e os policiais envolvidos na suposta irregularidade foram afastados.
INVESTIGAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Também em Assis, o Ministério Público investiga dezenas de denúncias de que mais pessoas teriam furado a fila de vacinação. Segundo o MP, as denúncias envolvem cerca de 70 pessoas que teriam burlado o sistema para conseguir a vacina de forma irregular.
A discussão veio à tona depois que a Prefeitura de Assis divulgou a lista dos moradores que tomaram a vacina contra o coronavírus na cidade, em cumprimento a uma lei municipal aprovada em fevereiro pela Câmara de Vereadores.
De acordo com o Ministério Público, o órgão recebeu três denúncias, envolvendo cerca de 20 pessoas, antes da publicação da lista, e outras três denúncias, envolvendo cerca de 70 pessoas, depois da divulgação da relação de vacinados.
“As denúncias serão investigadas pelo Ministério Público, que, inicialmente, solicitará informações complementares à Secretaria Municipal da Saúde para esclarecer qual o critério utilizado para a aplicação do imunizante”, explicou o MP em nota.
Ainda de acordo com o órgão, os nomes dos investigados não serão divulgados porque, em alguns casos, as denúncias podem estar “desacompanhadas de qualquer fundamento jurídico ou fático”. Por isso, o MP pediu informações à Secretaria da Saúde para possibilitar a análise do deferimento ou não.
Conforme o MP, as denúncias envolvem vários tipos de profissionais, mas todas as análises estão sendo feitas de acordo com o documento técnico que elegeu quais são os grupos prioritários para a vacinação. Fonte G1