Câmara de Santa Cruz do Rio Pardo aprova CPI para investigar empresa municipal

 

A Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Rio Pardo (SP) aprovou na sessão desta segunda-feira (23) a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar possíveis irregularidades cometidas pela Codesan, empresa municipal que cuida da infraestrutura da cidade.

Segundo os vereadores, a Codesan pode ter pago durante oito anos, no período entre 2005 e 2013, horas-extras irregulares a funcionários de seu setor administrativo. As investigações preliminares indicariam que durante esse tempo esses funcionários teriam recebido 60 horas-extras mensais sem trabalhar.

Câmara de Santa Cruz do Rio Pardo abre CPI para investigar CodesanCâmara de Santa Cruz do Rio Pardo abre CPI para investigar Codesan

A Codesan é uma empresa municipal de economia mista que tem a prefeitura como maior acionista. Suas principais atividades estão ligadas a serviços de infraestrutura, como conservação e manutenção de praças, escolas e creches municipais. Também cuida de estradas rurais e vias urbanas com serviços como recapeamento e “tapa-buraco”.

Esta não será a primeira vez que a empresa municipal é alvo de suspeita de irregularidades. Em 2015, a Codesan já foi investigada por uma CPI aberta pela Câmara depois que um diretor fez apontamentos que indicariam a mesma irregularidade.

Na época, porém, a Codesan não fez qualquer sindicância interna para avaliar a denúncia. Segundo os vereadores, esse fato também pode indicar uma negligência da atual administração da empresa.

Cláudio Gimenez, presidente da Codesan, diz que problema, se houve, não existe mais atualmente (Foto: Reprodução / TV TEM)

Cláudio Gimenez, presidente da Codesan, diz que problema, se houve, não existe mais atualmente (Foto: Reprodução / TV TEM)

O atual presidente da Codesan, Cláudio Gimenez, contesta a existência de possíveis irregularidades atualmente. Segundo ele, o problema, se houve, já teria sido solucionado em 2013.

“Tomei conhecimento dessas horas-extras em junho deste ano, através de um processo trabalhista de uma ex-funcionária e analisando os arquivos da empresa. Mas o problema [alvo da CPI] já foi solucionado em 2013 pela gestão anterior, que parou de pagar essas horas-extras. Agora, se não deram andamento nem representaram, só as administrações anteriores é que podem falar”, explica Gimenez.

O presidente anterior, no período entre 2013 e 2015, Eduardo Blumer, afirmou à reportagem da TV TEM que não vai comentar o caso porque ainda está se inteirando do assunto. Antes dele, quem esteve mais tempo à frente da empresa foi Éder Pereira, que morreu há dois meses.

Procurados, os três últimos prefeitos de Santa Cruz do Rio Pardo, Maura Macierinha, Adilson Mira e o atual chefe do Executivo, Otacílio Parras, afirmaram que apoiam as investigações. Fonte G1