Câmara investiga secretário de Obras por suspeita de irregularidade na contratação de empresa em Assis
A Câmara de Assis (SP) abriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar supostas irregularidades contra o secretário municipal de Planejamento, Obras e Serviços, Fábio Nossack.
A casa dele consta como endereço de uma empresa contratada emergencialmente, sem licitação, para fazer a gestão do aterro de materiais inertes do município, onde são depositados resíduos da construção civil.
A CPI foi instalada após começar a circular nas redes sociais um vídeo com denúncias. Na filmagem um homem identificado como Adevar Campana aparece em frente da casa do secretário e o questiona, pelo portão.
Ao perguntar o motivo da empresa MEI Sebastião Zuque estar registrada naquele mesmo endereço, o homem passa a ser xingado.
Durante sessão da Câmara foram definidos os cinco vereadores que vão compor a CPI, sendo Gerson Alves (PTB) presidente e Vinicius Simili (PDT) relator. Outros membros são Fabinho Alerta Verbal (PSD), Fernando Vieira (PSDB) e Carlinhos Zé Gotinha (Republicanos).
Ao g1 o secretário de Obras de Assis confirmou que “o cadastro da empresa junto à Receita Federal está correto. Mas na Jucesp [Junta Comercial do Estado de São Paulo] consta o da minha casa, equivocadamente”.
Fábio negou que sua residência tenha sido utilizada como endereço falso para criação da empresa contratada pela prefeitura.
De acordo com ele, foi feita a contratação emergencial de um ex-funcionário comissionado para cuidar do aterro de inertes, após sua exoneração devido ao vencimento da licença de uso da área.
“Como ele já era conhecido pelo trabalho de triagem nos resíduos, a prefeitura, que assumiu o aterro, sugeriu que ele abrisse uma empresa e continuasse o trabalho de triagem e separação dos inertes no local”, detalhou o secretário.
Como esse homem identificado como Sebastião Zuque mora em uma chácara, conforme o relato, o secretário disse que sugeriu que ele colocasse seu próprio endereço no cadastro para envio de correspondências.
A abertura de empresa teria foi feita de forma apressada para dar continuidade ao serviço prestado no aterro, conforme o chefe da pasta.
Uma licitação ainda estaria sendo preparada pela administração municipal, segundo Fábio. Sobre a CPI, ele garantiu que vai apresentar todos os documentos e está disponível para esclarecimentos aos parlamentares.
O g1 não conseguiu contato com Sebastião Zuque. O espaço segue aberto para manifestação. Fonte G1