Campanha salarial dos bancários terá impacto de R$ 11 bi na economia

 

O reajuste de 10% nos salários, 14% nos vales refeição e alimentação e os valores da PLR significam incremento anual de cerca de R$ 11,2 bilhões na economia, de acordo com projeção feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Desse montante, R$ 6,04 bilhões referentes ao pagamento da PLR, sendo que R$ 2,4 bilhões já devem ser distribuídos na antecipação, em até 10 dias depois da assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho. As diferenças salariais anuais dos bancários devem injetar R$ 4,240 bilhões na economia brasileira, sem contar os reflexos em FGTS e aposentadorias. As diferenças nos auxílios refeição e alimentação devem ter um impacto anual de R$ 894 milhões na economia.

Foram assinados na tarde de terça-feira, dia 3, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), os acordos específicos do Banco do Brasil e da Caixa, além do PCR do Itaú e da gratificação do HSBC. Em 12 anos são 20,83% de ganho real nos salários, 42,3% nos pisos e 26,30% nos vales. Estão mantidas conquistas importantes, como o vale-cultura, o abono-assiduidade, a licença-maternidade ampliada, a igualdade de direitos para casais homoafetivos.

Além disso, uma nova cláusula: um termo de entendimento assinado entre os seis maiores bancos e o movimento sindical bancário com mesas específicas para tratar de ajustes na gestão das instituições de modo a reduzir as causas de adoecimento. As comissões de empresa acompanharão para garantir a melhoria das condições de trabalho.

Na avaliação do presidente do Sindicato dos Bancários de Assis e Região, Helio Paiva Matos, a campanha deste ano não foi fácil, mas foi vitoriosa e o resultado disso impacta de maneira positiva na economia brasileira. “É um resultado importante, que mostra a relevância que o movimento sindical tem para a sociedade, para a economia e para o bem-estar de toda a coletividade”, destaca.

Ello Assessoria de Imprensa