Candidatos à Presidência da República nas eleições de 2018: veja quem são
Veja os nomes confirmados pelos partidos para a disputa pela Presidência da República nas eleições de 2018, em ordem alfabética:
Alvaro Dias (Podemos)
O Podemos confirmou o senador Alvaro Dias como candidato à Presidência em convenção no sábado (4), em Curitiba. O vice da chapa é o economista Paulo Rabello de Castro, do PSC, que desistiu de ter candidatura própria.
Dias cumpre o quarto mandato de senador (três consecutivos desde 1999 e um de 1983 a 1987). Entre 1987 e 1991, foi governador do Paraná. Começou a carreira política no então PMDB, hoje MDB. Depois passou por PST e PP, até se filiar ao PSDB, em 1994.
Em 2001, foi expulso por agir contra orientações do partido, mas retornou em 2003 e voltou a sair em janeiro de 2016, para entrar no PV. No ano seguinte foi para o Podemos, antigo PTN, partido pelo qual anunciou a pré-candidatura à Presidência da República em novembro, durante evento no Rio de Janeiro.
Cabo Daciolo (Patriota)
O Patriota oficializou a escolha de Cabo Daciolo como o candidato da sigla à Presidência da República em sua convenção nacional no sábado (4). A vice na chapa é a pedagoga Suelene Balduino Nascimento, também filiada ao Patriota.
Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, de 42 anos, foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro nas eleições de 2014. Ele disputará a Presidência pela primeira vez.
Ciro Gomes (PDT)
O PDT definiu o nome de Ciro Gomes como candidato à Presidência em convenção partidária em 20 de julho, em Brasília. A senadora Kátia Abreu, também do PDT, será a candidata a vice, disse o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, em decisão que deve ser oficializada nesta segunda-feira (6).
Atual vice-presidente do partido, Ciro Gomes foi ministro da Fazenda entre setembro de 1994 e janeiro de 1995, período do final do governo de Itamar Franco e início do governo Fernando Henrique Cardoso. Foi também ministro da Integração Nacional, entre janeiro de 2003 e março de 2006, no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
Disputou a Presidência duas vezes (1998 e 2002, derrotado em ambas). Foi governador do Ceará, prefeito de Fortaleza e deputado estadual e federal pelo Ceará. Já se filiou a sete partidos (PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB, PROS e PDT).
Geraldo Alckmin (PSDB)
O PSDB confirmou a condidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República em sua convenção nacional no sábado (4). A candidata a vice é a senadora Ana Amélia (PP).
Médico de formação, Geraldo Alckmin começou a carreira pública em Pindamonhangaba, onde se elegeu vereador em 1973. Depois, foi prefeito da cidade e deputado estadual e federal por São Paulo. Em 1986, se elegeu deputado constituinte federal. Em 1988, deixou o então PMDB para fundar o PSDB. Em 2001, assumiu o governo de São Paulo após a morte do então governador Mário Covas. Reelegeu-se em 2002.
Em 2006, Alckmin disputou a Presidência e perdeu para o então presidente Lula. Em 2010, elegeu-se novamente para o governo de São Paulo, reeleito em 2014. Em dezembro de 2017, foi eleito presidente nacional do PSDB e anunciou a pré-candidatura para o Palácio do Planalto.
Guilherme Boulos (PSOL)
O PSOL confirmou em convenção nacional em 21 de julho, em São Paulo, a escolha de Guilherme Boulos como candidato à Presidência da República. A candidata a vice-presidente é a ativista indígena Sônia Guajajara, também do PSOL.
Boulos tem 36 anos e é coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Ele disputará a Presidência pela primeira vez. Antes de se tornar líder do MTST, Boulos foi militante estudantil na União da Juventude Comunista e se formou em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP).
Filiou-se em março ao PSOL. No mesmo mês, foi lançado como pré-candidato após receber maioria dos votos em disputa com outros três nomes do partido.
Henrique Meirelles (MDB)
O MDB oficializou a candidatura de Henrique Meirelles em 2 de agosto,em convenção em Brasília. O ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto, também do MDB, será o vice na chapa.
Ex-ministro da Fazenda do governo Michel Temer, Meirelles fez carreira como executivo da área financeira. Ocupou a presidência do Bank of Boston no Brasil entre 1984 e 1996, quando foi escolhido para presidente mundial da companhia.
Em 2002, Meirelles se elegeu deputado federal pelo PSDB de Goiás. Em 2003, assumiu a presidência do Banco Central, escolhido pelo então presidente Lula. Comandou o BC até 2010, quando terminou o governo Lula. Em abril deste ano, trocou o PSD pelo MDB. Voltou a integrar o governo em 2016, como ministro da Fazenda, convidado Temer, que assumiu após o afastamento e posterior impeachment de Dilma Rousseff.
Jair Bolsonaro (PSL)
O PSL confirmou o deputado federal Jair Bolsonaro como candidato da legenda à Presidência da República em 22 de julho, no Rio de Janeiro. O candidato a vice será o general Hamilton Mourão, do PRTB.
Militar da reserva, Bolsonaro cumpre o sétimo mandato consecutivo como deputado. Em 5 de janeiro, o parlamentar deixou o Partido Social Cristão (PSC) e anunciou que se filiaria ao PSL. Pouco depois, anunciou que pela sigla seria pré-candidato à Presidência, nona legenda à qual se filiou.
Atualmente o parlamentar é réu em ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto crime de apologia ao estupro e injúria, por afirmar que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque ela “não merece”. A defesa nega que Bolsonaro tenha feito apologia ao estupro.
João Amoêdo (Novo)
O Partido Novo oficializou a candidatura de João Amoêdo à Presidência da República no sábado (4). Ele terá como candidato a vice o professor universitário Christian Lohbauer, de 51 anos.
O empresário carioca de 55 anos fez carreira como executivo de empresas e, em novembro do ano passado, foi anunciado como pré-candidato a presidente do Partido Novo. Amoêdo é um dos fundadores da sigla, que presidiu entre setembro de 2015 e julho de 2017, quando se afastou por causa da pré-candidatura.
Formado em Engenharia Civil e Administração, teve a maior parte da atuação profissional em instituições financeiras. Foi vice-presidente do Unibanco e membro do conselho de administração do Itaú-BBA. Em 2011, passou a integrar o Conselho de Administração da construtora João Fortes. No mesmo ano, participou da fundação no Partido Novo.
João Goulart Filho (PPL)
O PPL oficializou no domingo (5), em convenção nacional em São Paulo, o nome de João Vicente Goulart, também conhecido como João Goulart Filho, como candidato do partido à Presidência da República. O professor da Universidade Católica de Brasília (UCB) Léo Alves é o vice na chapa.
Filho do ex-presidente João Goulart, deposto pelo golpe militar de 1964, Goulart Filho fundou um instituto em homenagem ao pai e disputará a Presidência pela primeira vez. Ele é autor do livro “Jango e Eu: Memórias de um exílio sem volta”.
José Maria Eymael (DC)
O DC confirmou em convenção nacional em 28 de julho, em São Paulo, a escolha de José Maria Eymael como candidato à Presidência da República. O candidato a vice-presidente é o pastor Helvio Costa.
Presidente nacional do DC, Eymael já disputou quatro vezes a Presidência da República (1998, 2006, 2010 e 2014, derrotado em todas). Deputado federal constituinte em 1988, o candidato exerceu dois mandatos na Câmara dos Deputados (entre 1987 e 1995).
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O PT confirmou em convenção nacional no sábado (4), em São Paulo, a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. O candidato a vice será o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, também do PT.
O metalúrgico e ex-sindicalista é lançado como candidato à Presidência pela sexta vez. Ele ocupou o cargo por dois mandatos consecutivos (2003-2006 e 2007-2010).
Lula está preso desde o começo de abril, condenado em segunda instância no caso do triplex em Guarujá a doze anos e um mês de prisão, o que, de acordo com a Lei da Ficha Limpa, o torna inelegível. Mas a questão precisa ser decidida pelo TSE e só pode ser julgada depois do registro oficial.
Manuela D’Ávila (PCdoB)
O PCdoB oficializou em convenção em 1º de agosto, em Brasília, a candidatura de Manuela D’Ávila à Presidência da República. Será a primeira vez que o partido tem candidatura própria desde 1989. Até então, o PCdoB tinha integrado coligações encabeçadas pelo PT. O candidato a vice ainda não foi definido.
Jornalista, Manuela tem 36 anos e iniciou a carreira política no movimento estudantil. Foi vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) em 2003. Em 2004, se elegeu vereadora em Porto Alegre.
Dois anos depois, em 2006, foi eleita deputada federal, reeleita em 2010. Desde 2015, é deputada estadual no Rio Grande do Sul. A pré-candidatura à Presidência da República foi anunciada em 5 de novembro de 2017 pelo PCdoB. Ela disputou ainda duas vezes a prefeitura de Porto Alegre, em 2012 e 2016, mas não foi eleita.
Marina Silva (Rede)
A Rede Sustentabilidade oficializou a candidatura de Marina Silva à Presidência em sua convenção nacional no sábado (4). O partido também confirmou Eduardo Jorge (PV) como candidato a vice.
Marina foi deputada estadual no Acre (1991-1994) e senadora pelo mesmo estado por dois mandatos (1995 a 2010). Ela se licenciou do Senado de 2003 a 2008, quando ocupou o cargo de ministra do Meio Ambiente no governo Lula.
Filiada ao PT desde 1986, deixou a legenda em 2009 para se filiar ao PV, partido pelo qual concorreu à Presidência em 2010, mas não conseguiu chegar ao segundo turno. Em 2014, se candidatou novamente, desta vez pelo PSB.
Vera Lúcia (PSTU)
A candidatura de Vera Lúcia pelo PSTU foi confirmada em 20 de julho em convenção do partido. O professor Hertz Dias, da rede pública do Maranhão, foi anunciado como vice na chapa. Não haverá coligação no PSTU.
Vera Lúcia tem 50 anos e militou no PT, mas foi expulsa do partido em 1992 junto com integrantes do grupo político Convergência Socialista, que anos depois fundou o PSTU. Ela foi candidata a prefeita de Aracaju em 2012 e é graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Sergipe (UFS).
Hertz Dias, de 47 anos, é militante do movimento negro e integrante do grupo Gíria Vermelha, que compõe canções de protesto.
Datas das convenções
Data | Partido | Candidato | Cidade |
20/7 | PDT | Ciro Gomes | Brasília (DF) |
20/7 | PSC | Apoio a Alvaro Dias | Brasília (DF) |
20/7 | PSTU | Vera Lúcia | São Paulo (SP) |
21/7 | PCB | Apoio a Guilherme Boulos | Rio de Janeiro (RJ) |
21/7 | PSOL | Guilherme Boulos | São Paulo (SP) |
21/7 | Avante | Apoio a Ciro Gomes | Belo Horizonte (MG) |
21/7 | PMN | Sem coligação formal | Brasília (DF) |
22/7 | PSL | Jair Bolsonaro | Rio de Janeiro (RJ) |
28/7 | Democracia Cristã | José Maria Eymael | São Paulo (SP) |
28/7 | PTB | Apoio a Geraldo Alckmin | Brasília (DF) |
28/7 | PV | Apoio a Marina Silva | Brasilia (DF) |
28/7 | PSD | Apoio a Geraldo Alckmin | São Paulo (SP) |
28/7 | SD | Apoio a Geraldo Alckmin | São Paulo (SP) |
1/8 | PCdoB | Manuela D’Ávila | Brasília (DF) |
1/8 | PRP | Apoio a Alvaro Dias | Rio Preto (SP) |
1/8 | PRB | Apoio a Geraldo Alckmin | Brasília (DF) |
2/8 | MDB | Henrique Meirelles | Brasília (DF) |
2/8 | DEM | Apoio a Geraldo Alckmin | Brasília (DF) |
2/8 | PP | Apoio a Geraldo Alckmin | Brasília (DF) |
2/8 | PHS | Apoio a Henrique Meirelles | Brasília (DF) |
4/8 | Patriota | Cabo Daciolo | Barrinha (SP) |
4/8 | PT | Luiz Inácio Lula da Silva | São Paulo (SP) |
4/8 | PSDB | Geraldo Alckmin | Brasília (DF) |
4/8 | Novo | João Amoêdo | São Paulo (SP) |
4/8 | Rede | Marina Silva | Brasilia (DF) |
4/8 | Podemos | Alvaro Dias | Curitiba (PR) |
4/8 | PPS | Apoio a Geraldo Alckmin | Brasília (DF) |
4/8 | PR | Apoio a Geraldo Alckmin | Brasília (DF) |
4/8 | Pros | Apoio a Lula | Brasília (DF) |
5/8 | PRTB | Apoio a Jair Bolsonaro | São Paulo (SP) |
5/8 | PSB | Sem coligação | Brasília (DF) |
5/8 | PPL | João Goulart Filho | São Paulo (SP) |
5/8 | PTC | Apoio a Alvaro Dias | Rio de Janeiro (RJ) |
5/8 | PMB | Sem pré-candidato | Brasília (DF) |
(ATUALIZAÇÃO: O economista Paulo Rabello de Castro chegou a ser oficializado candidato à Presidência pelo PSC em 20 de julho, mas retirou a candidatura em 1º de agosto).