Em apenas um dia de campanha, a família da cândido-motense Beatriz Moraes de Carvalho, conseguiu arrecadar o valor total para realizar um tratamento com células-tronco de cordão umbilical.
Diagnosticada com leucemia mielóide aguda, a fisioterapeuta de Cândido Mota está em tratamento contra a doença, e diante das dificuldades em encontrar um doador de medula compatível para um transplante, apareceu a possibilidade do tratamento para vencer o câncer, com a gravidez de sua mãe Andressa.
“A coleta do sangue do cordão umbilical e placentário é feita no momento do parto, para um possível transplante. Este procedimento tem um alto custo, mas mesmo assim decidimos tentar, já que minha mãe está grávida de oito meses e é grande a possibilidade de compatibilidade. Com isso, iniciamos a campanha para arrecadar o dinheiro e felizmente conseguimos arredar todo o valor em apenas um dia”, contou Beatriz.
A cândido-motense contou que no dia do nascimento do seu irmão Vinícius, uma equipe de São Paulo estará em Assis para fazer o procedimento de coleta, para depois ser feito o teste de compatibilidade.
“Agradeço a todos que colaboraram com a campanha e que continuam nos dando apoio para o tratamento. Deus abençoe cada um de vocês”, agradeceu Beatriz.
Tratamento
O sangue do cordão umbilical é rico em células-troncos, e uma excelente opção para o tratamento de mais de 80 doenças relacionadas ao sangue – incluindo leucemias, linfomas e anemias graves. Isso porque as células-tronco são capazes de substituir diferentes tipos de células doentes por uma sadia. A ‘juventude’ das células aumentam as chances de compatibilidade e à agilidade na recuperação do transplante.
Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), há cerca de 25% de chances de encontrar um doador de medula óssea compatível na família. Mas as possibilidades do paciente encontram um doador de fora compatível são de 1 em cada 100 mil pessoas.
“A compatibilidade genética para um transplante de uma medula óssea não pode ser inferior a 90%. Mas, com o sangue de cordão, que é uma célula mais imatura, você consegue realizar um transplante com até 70% de compatibilidade”, compara Luis Fernando Bouzas, coordenador da Rede BrasilCord.
Fonte: O Diário do Vale