Casal se reencontra com PMs que ajudaram a salvar filho recém-nascido engasgado com leite
Um dia após viver o desespero de ver o filho recém-nascido quase morrer engasgado com leite, o casal Osvaldo e Kelly Zavanelli, de Marília (SP), recebeu nesta terça-feira (16) a visita dos dois policiais militares que salvaram o bebê de apenas 21 dias de vida com técnicas de ressuscitação. O sentimento, segundo o casal, era de gratidão.
Um dos policiais que estava de plantão no quartel quando os pais chegaram com o bebê desacordado e já roxo pela falta de respiração pode ser considerado um “especialista” em atos de heroísmo.
O cabo Renato Taroco, que participou da ação de salvamento do bebê ao lado do colega Robson Thiago de Souza, já recebeu premiação nacional como “herói da vida real” por ter salvo policiais de carro em chamas.
No reencontro com os pais do bebê Luiz Henrique, os policiais marilienses receberam o carinho pelo ato de salvamento. Taroco lembra que, no início, pensou estar diante de alguma briga por conta da gritaria do casal na chegada ao quartel.
Bebê reanimado
Os pais estavam em casa com o recém-nascido quando ele engasgou com o leite. O casal mora a pouco mais de 500 metros do quartel da PM. Depois de algumas tentativas de reanimar o bebê, sem sucesso, eles decidiram pegar o carro e seguir direto para pedir ajuda.
“Foi o maior desespero da nossa vida, e a gente só pensava mesmo que ele [filho] tava indo embora. Tentei reanimá-lo batendo nas costas e nem sei como lembrei que tinha a PM na rua ao lado”, disse Osvaldo Zavanelly Júnior, o pai do bebê.
Quase dois minutos e três tentativas de respiração boca-a-boca depois, o recém-nascido foi reanimado.
Taroco ainda colocou o bebê perto do ouvido para escutar os batimentos do coração e afirma ter se emocionado quando o cabo Thiago disse: “[O bebê] Voltou, Taroco, voltou!”.
“A maior alegria foi ver a criança recobrar a consciência e abrir os olhos, o coração começar a bater novamente e a satisfação de dever cumprido, um alívio”, relembra o cabo Thiago.
O bebê Luiz Henrique, de 21 dias, está há pouco mais de uma semana em casa com os pais. Após o nascimento, ele ficou internado na UTI para se recuperar de uma infecção.
Herói na SWAT
Em 2015, quando levantou o carro em chamas para salvar policiais e em seguida foi premiado por seu ato de heroísmo, o cabo Renato Taroco ganhou uma viagem aos Estados Unidos a convite da SWAT, a polícia especializada norte-americana.
Em Beaumont, no Texas (EUA), o mariliense tornou-se o primeiro policial brasileiro a receber um “certificado de reconhecimento” assinado pelo tenente Kelly Cole, comandante da SWAT à época.
Em Beaumont, no Texas (EUA), o mariliense tornou-se o primeiro policial brasileiro a receber um “certificado de reconhecimento” assinado pelo tenente Kelly Cole, comandante da SWAT à época.
Em Beaumont, no Texas (EUA), o mariliense tornou-se o primeiro policial brasileiro a receber um “certificado de reconhecimento” assinado pelo tenente Kelly Cole, comandante da SWAT à época.
Em Beaumont, no Texas (EUA), o mariliense tornou-se o primeiro policial brasileiro a receber um “certificado de reconhecimento” assinado pelo tenente Kelly Cole, comandante da SWAT à época.
Depois da operação policial no carro em chamas em 2015, Taroco precisou deixar o trabalho de campo na Polícia Militar por conta das lesões que sofreu ao levantar o veículo. Ele estava de plantão em Oscar Bressane (SP), quando uma ocorrência em Echaporã mobilizou o efetivo da região.
Um homem havia esfaqueado a mulher e fugiu de carro na rodovia. Taroco e outro PM foram acionados para a perseguição, que ocorreu até Paraguaçu Paulista. Uma viatura da cidade foi dar apoio quando o suspeito jogou o carro contra ela.
Um homem havia esfaqueado a mulher e fugiu de carro na rodovia. Taroco e outro PM foram acionados para a perseguição, que ocorreu até Paraguaçu Paulista. Uma viatura da cidade foi dar apoio quando o suspeito jogou o carro contra ela.
Renato Taroco, que está na PM há 14 anos, passou por três cirurgias por conta das lesões que causaram comprometimento das funções no braço (40% de perda), na perna direita (75%) e na coluna (50%).
Com isso, ele agora só pode fazer trabalhos administrativos e está lotado no Corpo de Guarda da PM de Marília, unidade onde ele ajudou a salvar o bebê na noite de segunda-feira. Fonte G1