Caso Thiago: o que se sabe sobre desaparecimento de bebê de 2 anos em parque no Paraná
Thiago Rocha, de dois anos, desapareceu após ir em
parque com a mãe e padrasto — Foto: Arquivo Pessoal
Na tarde de sábado (10), o menino Thiago Rocha, de dois anos, desapareceu no Parque Daissaku Ikeda, na localidade da Usina Três Bocas, zona rural de Londrina, no norte do Paraná. Desde então, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros realizam buscas.
Veja o que se sabe sobre o caso:
Quando o menino foi visto pela última vez?
Criança de dois anos desaparece em parque
de Londrina — Foto: Reprodução/PCPR
Thiago Rocha foi visto pela última vez no Parque Daissaku Ikeda, na localidade da Usina Três Bocas, zona rural de Londrina.
A mãe do menino contou à polícia que passou a tarde no parque com o filho e o namorado dela. O casal contou ainda que começou a organizar os pertences para ir embora, momento em que o bebê teria sido colocada no carro.
À caminho de casa, a dois quilômetros do parque, eles teriam percebido que o menino não estava no veículo.
O casal retornou e não encontrou o menino. Uma mulher que passava pela região e viu a mãe desesperada acionou o Corpo de Bombeiros, que iniciou as buscas.
O parque estava aberto?
Parque está desativado desde 2016 em Londrina
(PR) — Foto: Reprodução/Polícia Civil
Não. O parque é de propriedade da Prefeitura de Londrina e está desativado desde 2016 após ter sido parcialmente destruído por fortes chuvas. Entretanto, não há controle efetivo do acesso de visitantes.
Em entrevista à RPC, o tio do menino, Diego da Rocha, falou que a família sempre vai ao parque nos finais de semana.
Como estão sendo feitas as buscas?
As buscas estão sendo feitas com equipes do Corpo de Bombeiros, em parceria com a Guarda Municipal e a Polícia Militar. Além disso, moradores da cidade também estão ajudando.
Durante as buscas, equipes fazem trabalhos por terra e no alto com auxílio do helicóptero e drone. Câmeras termográficas, com sensores de calor, estão sendo usadas nas aeronaves, além de mergulhadores e cães farejadores.
Até o momento não foram encontrados vestígios do menino e o raio de buscas está sendo ampliado gradativamente.
“O local não tem iluminação porque é um parque abandonado. Toda região já foi batida em um raio de 2 quilômetros do ponto zero. Isso, para uma criança de dois anos, caso esteja sozinha a gente ia ter passado pela região. Vamos refazer essa área nos próximos 10 dias ainda”, disse.
A atuação da equipe para o resgate é de 15 dias.
Lívia Pini, delegada responsável pelo caso, informou que nenhuma possibilidade foi descartada para o bebê ter desaparecido.
No parque, além da mata, há um rio com correnteza, o que leva a polícia a considerar a possibilidade de que Thiago pode ter caído na água.
O desaparecimento é investigado pelo Serviço de Investigação de Pessoas Desaparecidas (Sicride) e a Delegacia de Homicídios de Londrina.
Bombeiros trabalham no resgate de criança desaparecida
em Londrina — Foto: Reprodução/RPC
A mãe e o padrasto são suspeitos?
Não. Conforme a delegada, não há suspeitas de que a mãe e o padrasto do menino tenham cometido homicídio doloso.
“A princípio não há suspeito de que [mãe e namorado] tenham praticado homicídio doloso contra essa criança. A gente está apurando uma eventual negligência no cuidado dela no momento que pode ter gerado um acidente”, disse.
Ainda segundo Pini, os dois apresentaram “relatos bem harmônicos do que aconteceu”.
Imagens mostram o carro da família após o desaparecimento
A Polícia Civil divulgou imagens de câmera de segurança que mostram o carro da família passando em uma rua momentos depois do sumiço da criança.
As imagens foram registradas próximo à Penitenciária Estadual de Londrina (PEL II). No veículo branco, estavam a mãe e o padrasto de Thiago. Assista abaixo:
Na primeira imagem, o carro segue tranquilamente no sentido centro. Na sequência, o veículo é flagrado em alta velocidade retornando ao Parque Daisaku Ikeda. Segundo depoimento do casal à delegada Lívia Pini, seria o momento em que perceberam o sumiço da criança.
Segundo a delegada, as imagens foram anexadas ao inquérito para comparar o horário dito pela mãe e namorado dela no depoimento.
Em que momento a criança pode ter saído do carro?
De acordo com a delegada, são dois momentos em que a criança poderia ter saído do carro conforme o relato da mãe e do padrasto.
“Um em que estão arrumando as coisas e que deixam a criança no carro. Um outro momento seria em que ele [menino] pega a mangueira, um pouco meno provável, porque ele [namorado da mãe] fala que abre a porta e pega a mangueira do chão, momento em que a criança poderia ter saído pelo vão atrás do vão do banco do motorista”, falou.