Catedral e banca disputam espaço e dividem opiniões

A divulgação de uma Nota de Repúdio no Facebook colocou à tona um assunto que gerou grande repercussão no final de semana, a briga judicial pelo uso do espaço da Banca de jornal e revistas localizada na Praça Dom Pedro II, a praça da Catedral de Assis. A disputa judicial já dura anos e ainda não se chegou a um acordo. Por um lado a igreja não quer a banca na praça e, segundo o proprietário da revenda de publicações, Marcelo Paes, o padre Oldeir, responsável pela Catedral, também não aceita proposta de aluguel.

Por outro lado, muitas pessoas que opinaram são à favor da permanência da banca na Praça, por não estar causando nenhum transtorno e pelo fato de ser uma tradição no local e ter sua utilidade que vai além de ser a fonte de renda do seu proprietário.

Há quase quatro anos, por contra da produção de uma matéria especial sobre o aniversário de Assis e dos 60 anos da Praça da Catedral, inaugurada em 1955, o padre Oldeir comentou sobre o amplo projeto de reforma da Praça da Catedral e revelou que a remoção da banca fazia parte da planta elaborada para que em uma etapa posterior houvesse a instalação de grades para cercar e proteger a igreja.

Porém, com o ponto comercial há geração de empregos, vendas de conteúdos para todos os públicos, desde gibis e brinquedos infantis, passando por jornais, revistas e até apostilas para quem quer prestar concursos.

Outro auxílio que a banca proporciona indiretamente é a permanência dos empregos de uma grande cadeia de serviços prestados pelas empresas de comunicação impressa, entregadores, distribuidores, jornalistas que ainda atuam em jornais impressos na cidade e que têm na banca da Praça da Catedral um dos principais pontos de visualização por parte de quem transita pelo centro da cidade e de vendas de seus produtos informativos. Texto e fotos: Mário Nunes