Cirurgia que mudou vida de menina que tinha ‘coluna em S’ completa 1 ano: ‘Nosso milagre’, diz mãe

Coluna da Aghata antes e depois da cirurgia realizada há um ano — Foto: Ana Patrícia Maestrello/ Arquivo pessoal
Coluna da Aghata antes e depois da cirurgia realizada há um ano
— Foto: Ana Patrícia Maestrello/ Arquivo pessoal

Nesta sexta-feira (10) completou um ano que a adolescente Agatha Rebeca Mestrello, de 13 anos, passou pela cirurgia que mudou sua vida. A menina, que mora em Marília (SP), foi diagnosticada com um tipo grave de escoliose e tinha uma curvatura da coluna que chegou aos 100 graus.

A coluna da menina tinha um formato de “S” devido à curvatura e já comprometia os órgãos de Aghata. Um ano depois do procedimento, a mãe da adolescente comemora a volta à rotina e à vida normal.

Família comemora um ano de cirurgia corretiva de menina que tinha 'coluna em S'

Família comemora um ano de cirurgia corretiva
de menina que tinha ‘coluna em S’

“Ela está retinha, linda. Pode fazer tudo, vida normal. Pula corda, joga futebol, pula na piscina. Voltou para escola e pode até montar cavalo, que ela adora. O cirurgião já liberou”, afirma a mãe da adolescente, Ana Patrícia Maestrello.

Aghata vive uma vida normal após um ano da realização da cirurgia — Foto: Ana Patrícia Maestrello/ Arquivo pessoal

Aghata vive uma vida normal após um ano da realização da cirurgia
Foto: Ana Patrícia Maestrello/ Arquivo pessoal

“Há um ano, a Aghata ouvia falar de milagre, hoje ela é o nosso milagre. Parece até um sonho tudo o que estamos vivendo.”

A família chegou a vender bolos para conseguir pagar a cirurgia que inicialmente custaria R$ 150 mil, mas como a curvatura se acentuou após o diagnóstico de escoliose idiopática, passando de 75 para 101 graus, o procedimento passou a custar R$ 250 mil.

Agatha foi diagnosticada com Escoliose Idiopática; curvatura já havia progredido de 75 para 101 graus — Foto: Ana Patrícia Maestrello/Arquivo pessoal

Agatha foi diagnosticada com Escoliose Idiopática; curvatura
já havia progredido de 75 para 101 graus
Foto: Ana Patrícia Maestrello/Arquivo pessoal

Começou então uma mobilização na cidade e nas redes sociais para conseguir levantar o valor, já que a curvatura da coluna estava comprometendo os órgãos de Ághata e ela já não conseguia ficar muito tempo sentada.

Cirurgia

Agatha Rebeca Maestrello no centro cirúrgico para correção da curvatura da coluna que já ultrapassava 100 graus — Foto: Ana Patrícia Maestrello/Arquivo pessoal

Agatha Rebeca Maestrello no centro cirúrgico para correção da
curvatura da coluna que já ultrapassava 100 graus
Foto: Ana Patrícia Maestrello/Arquivo pessoal

A tão sonhada cirurgia aconteceu no dia 10 de março de 2022 após o médico ortopedista e cirurgião de coluna do Hospital Albert Einstein Luciano Miller ter se disponibilizado a realizá-la de forma gratuita. Com a ajuda de uma vaquinha online, a família também conseguiu se manter em SP durante o procedimento e no tratamento pós-operatório.

O procedimento foi complexo, com sete horas de duração, anestesia geral e pinos. A parte médica foi bancada pelo cirurgião, que se sensibilizou com o caso, porém, a família de Agatha já vinha arrecadando dinheiro para arcar com os custos do tratamento.

Por isso, segundo Ana Patrícia, o valor arrecadado de pouco mais de R$ 50 mil, seja com as doações online ou com a venda dos bolos, foi utilizado para dar a entrada ao hospital e para pagar a recuperação pós-cirúrgica.

Cinco dias após o procedimento, a mãe comemorou os primeiros passos da filha, ainda no corredor do hospital, com a coluna reta. (Veja no vídeo abaixo).

Menina com 'coluna em S' dá primeiros passos após cirurgia de correção da curvatura
Menina com ‘coluna em S’ dá primeiros passos após
cirurgia de correção da curvatura

Agora, um ano depois, Aghata pode celebrar a vida normal e está próxima de realizar o sonho de frequentar aulas de equitação.

“Ela quer fazer tambor, ainda não conseguimos levá-la para aulas, mas é o nosso próximo passo”, finaliza a mãe.

Aghata e o médico Luciano que foi responsável pela cirurgia corretiva — Foto: Ana Patrícia Maestrello/ Arquivo pessoal

Aghata e o médico Luciano que foi responsável pela cirurgia corretiva
Foto: Ana Patrícia Maestrello/ Arquivo pessoal