Com apoio da PM, ativistas salvam 17 cães em casa abandonada no Centro de Marília

Uma cena de “filme de terror”. Foi assim que a ativista de uma ONG de proteção animal Sílvia Vicentini descreveu o cenário presenciado durante uma ação da Polícia Militar, na noite desta sexta-feira (21), em uma casa na região central de Marília (SP). 

Seguindo uma denúncia de maus-tratos feita pela ONG, policiais foram até a casa trancada na Avenida Nove de Julho e, ao entrar, encontraram o local completamente abandonado, com vários cães – um deles morto – em seu interior, ratos mortos nos potes de água, fezes e urina por toda parte, além de muita sujeira espalhada por todos os cômodos. 

Dentro da casa, segundo a ativista da ONG, foram encontrados 14 cães, sendo três filhotes. Segundo levantamento da PM, foram ao todo 17 cães, três deles filhotes. 

Entre os animais, havia um morto, que estava enforcado em um buraco do sofá. Outro foi localizado no tanque de lavar roupas e mais três escondidos dentro de uma geladeira. 

O dono do local, um homem de 65 anos, mantinha a casa abandonada apenas com os cães, e mora em uma residência próxima. Ele alegou que resgatava os animais das ruas e cuidava deles dando comida e água, mas “apenas não limpava o local”. 

Ativista observa geladeira onde foram encontrados três cães escondidos — Foto: Ana Carolina Levorato/TV TEM

Sobre o animal morto, o homem disse que ele “se enforcou sozinho no sofá” e que os outros animais encontrados na geladeira na verdade seriam ratos. No entanto, a PM e a ONG confirmaram que os animais achados na geladeira e no tanquinho eram cães. 

“Pela quantidade de fezes, sujeira e larvas, a gente acredita que esses animais estavam há cerca de um ano trancados aqui, sem nenhum contato com pessoas e sem nunca terem visto a luz do sol. Inacreditável isso acontecer aqui no Centro da cidade por tanto tempo”, comenta Silvia Vicentini. 

Os animais encontrados vivos, todos doentes, com sarna e debilitados, foram resgatados pela ONG para serem tratados e, depois, colocados para adoção. 

O homem foi encaminhado para a Central de Polícia Judiciária (CPJ), onde foi enquadrado na lei nº 9.099, que é de menor potencial ofensivo. Ele vai responder em liberdade pelo crime de maus-tratos aos animais.  Fonte G1