Com fim da reorganização, SP adia início das aulas para 15 de fevereiro
A Secretaria de Educação de Estado anunciou nesta sexta-feira (11) que o início do ano letivo de 2016 na rede estadual de ensino, que estava previsto para 1º de fevereiro, será no dia 15 de fevereiro. Com a suspensão da reorganização escolar, os alunos vão continuar nas escolas onde estão e não será necessário fazer uma nova matrícula. Quem quiser mudar o filho de escola terá o prazo de 5 a 11 de janeiro para solicitar a transferência.
Os protestos contra o projeto de reorganização escolar provocaram a ocupação de mais de 200 escolas no estado. Na última sexta-feira (4), o governador Geraldo Alckmin anunciou a suspensão da reorganização prevista para o ano que vem que iria afetar diretamente 311 mil alunos e provocar o fechamento de 93 escolas para que os prédios tivessem outro uso educacional.
Com a suspensão, tudo continua como está e o governo promete promover o diálogo com pais e alunos ao longo de 2016 para apresentar melhor as propostas.
Nesta sexta-feira, 99 escolas continuam ocupadas, segundo a secretaria. Para a Apeoesp, 110 escolas seguem ocupadas.
De acordo com a secretaria, o encerramento do ano letivo de 2015 acontece normalmente em 96% das escolas da rede estadual. Nos locais onde ocorreram ocupações, um calendário complementar está sendo validado junto às Diretorias de Ensino, garantindo a todos os alunos os 200 dias letivos, o que poderá ocorrer entre os meses de dezembro deste ano e janeiro de 2016.
Todos os alunos que já pediram transferência para outras unidades de ensino deverão refazer a solicitação em decorrência da não reorganização das escolas. A consulta para saber se a transferência foi efetivada na escola requerida poderá ser feita a partir do dia 22 de janeiro, no portal da Secretaria da Educação. Os pais devem manter os dados atualizados no sitewww.atualizeseusdados.educacao.sp.gov.br.
Suspensão
O governador Geraldo Alckmin suspendeu na sexta-feira (4) a reestruturação afetaria mais de 300 mil alunos. Na mesma data também foi divulgado pelo instituto Datafolha que o governador teve seu índice de popularidade mais baixo, com apenas 28% de aprovação.
No sábado (5), um decretou oficializou o adiamento das mudanças. Durante os protestos, a Polícia Militar (PM) foi criticada por agir com truculência com os estudantes que interditaram vias públicas da capital paulista.
Alckmin disse que irá dialogar com pais e alunos no ano que vem a respeito da reorganização da rede de ensino estadual e que os estudantes permanecerão em suas unidades em 2016.
Após o governador suspender a reforma da rede de ensino, o secretário da Educação do Estado de São Paulo, Herman Voorwald, pediu para deixar o cargo. A carta com o pedido de demissão foi entregue ao governador, que aceitou a decisão de Voorwald. Alckmin deve anunciar o nome do novo secretário no início desta semana.
O governo paulista defende que a reorganização vai melhorar o ensino. Os alunos, porém, contestam e reclamam que não foram ouvidos pelo governo sobre as mudanças e sobre o fechamento das unidades onde estudam. Em protesto, eles passaram a ocupar, desde 9 de novembro, escolas em todo o estado. Fonte: G1