Condenado por estuprar e matar universitária Mariana Bazza após ele furar pneu e ‘oferecer’ ajuda morre na véspera de crime completar 5 anos
Condenado por matar a universitária Mariana Bazza,de Bariri,
ajudou a jovem a trocar o pneu — Foto: TV TEM/Arquivo Pessoal
Rodrigo Pereira Alves, condenado pela morte e estupro da universitária Mariana Bazza, morreu na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (SP) na manhã desta segunda-feira (23). A morte ocorreu na véspera de o crime completar 5 anos. A jovem Mariana, que tinha 19 anos à época, desapareceu em 24 de setembro de 2019.
Rodrigo deu entrada no HC no dia 16 de setembro e morreu uma semana depois, nesta segunda-feira, por volta das 10h30. A causa da morte não foi informada pela SAP, nem pela assessoria do hospital. Ainda de acordo com a SAP, a progressão do quadro clínico foi detectada por meio de exames laboratoriais e ele vinha recebendo suporte de saúde.
Rodrigo não havia cumprido nem 4 anos dos 40 anos, 10 meses e 18 dias de prisão por latrocínio, estupro e ocultação de cadáver de Mariana Bazza. A condenação saiu em julgamento realizado em 2020.
Rodrigo Pereira Alves, de 42 anos, suspeito de matar a jovem
Mariana Bazza de Bariri (SP) — Foto: TV TEM/Reprodução
Relembre o caso
O crime aconteceu em setembro de 2019, quando a vítima desapareceu após sair da academia onde frequentava, em Bariri, no dia 24 daquele mês, e receber ajuda de Rodrigo Pereira Alves para trocar o pneu do carro.
Imagem mostra suspeito abordando Mariana Bazza e amiga
dela na frente de academia, em Bariri — Foto: Reprodução/TV Globo
O autor do crime havia saído da prisão cerca de um mês e tinha passagens por estupro, roubo, extorsão e constrangimento ilegal.
Com a localização fornecida pelo criminoso após a sua prisão, a polícia encontrou Mariana morta em uma área de canavial em Cambaratiba, distrito de Ibitinga, cidade próxima a Bariri.
O corpo foi encontrado em uma área de mata, próximo a uma rodovia, de bruços com as mãos amarradas para trás e um tecido no pescoço.
Corpo foi encontrado em uma área de canavial na
região de Bariri — Foto: Polícia Civil / Divulgação
Crime premeditado
Uma câmera de segurança da academia que Mariana frequentava registrou quando Rodrigo se aproximou do carro da vítima e ficou encostado nele durante alguns minutos (veja abaixo).
Cerca de meia hora depois, quando a jovem saiu da academia e encontrou o pneu vazio, Rodrigo, que estava do outro lado da avenida, começou a gritar para alertar sobre o problema — apesar dele não ter visão nenhuma do pneu vazio, o que reforçou a teoria de que ele premeditou o crime.
Universitária que desapareceu recebeu ajuda de desconhecido para trocar pneu do carro
Segundo o relato da amiga da vítima, Heloísa Passarello, Rodrigo atravessou a avenida falando sobre o problema e insistindo para que ela aceitasse ajuda.
A jovem chegou a mandar para o namorado uma foto do suspeito fazendo a substituição do pneu furado, para avisar o que tinha acontecido. A imagem ajudou a polícia a chegar até o suspeito.
Com base nas imagens, a polícia identificou o suspeito e conseguiu fazer a prisão em Itápolis, a 60 quilômetros de Bariri, escondido no telhado de uma casa.
Mapa mostra locais onde Mariana Bazza foi abordada,
em Bariri, e encontrada morta, em Ibitinga; veja — Foto: Arte/G1
Ele tinha foi ouvido pela primeira vez na Justiça em agosto de 2020, na segunda audiência do julgamento. O procedimento foi feito por videoconferência por causa da pandemia de Covid-19.
Em outubro de 2020, Rodrigo foi julgado e condenado a 40 anos, 10 meses e 18 dias de prisão, inicialmente em regime fechado, por latrocínio, estupro e ocultação de cadáver. A sentença foi dada 11 meses após ele ser preso. Ele cumpria a pena na Penitenciária de Itaí.