Corpo encontrado boiando em rio de Platina é de mulher desaparecida

 

Gleison, o filho mais novo de Edna Aparecida Rodrigues, de 46 anos, desaparecida em Platina desde o dia 1º de setembro, reconheceu o corpo encontrado no Rio Pary-Veado, sob a ponte na praça do cristo, na entrada da cidade, em Platina, na tarde desta segunda-feira, 17, como sendo de sua mãe.

Por conta da chuva do final de semana, o rio encheu e o corpo acabou descendo até a ponte, local onde ficou enroscado, boiando.  O corpo já estava em decomposição, bastante inchado, roxo e sem cabelos, mas mesmo assim, Gleison, reconheceu como sendo de Edna.

O vice-presidente da Câmara Municipal de Platina, Ozeis Pereira, na semana passada, acionou o Bombeiro e Canil da Polícia Militar, para fazerem buscas na região, porém foi em vão.

Na sexta-feira, 14, a mãe de Edna, Benedita Alves Rodrigues, de 70 anos, deu uma entrevista para um site de notícias de Assis, dizendo que a filha que apresentava um quadro depressivo, desapareceu em Platina, depois de um desentendimento com seu companheiro, deixando uma carta relatando que não queria mais viver.

“Estou muito triste porque não consigo encontra minha filha. Já fizemos de tudo, colocamos nas redes sociais, mas não tivemos nenhuma informação. A polícia está investigando, mas até agora não encontrou nada. É um desespero muito grande, por isso peço auxílio da população, para que se alguém tiver informações, avise a família. Minha filha tem dois filhos, um de 22 e um de 26 anos, e estamos todos muito abalados”, contou a mãe.

A mãe conta que Edna e o companheiro tiveram uma discussão no sábado, quando ela partiu para Assis, para arrumar o chip do celular, enquanto o esposo arrumou suas coisas e foi embora para Mato Grosso.

“Eles estavam juntos há quatro anos, mas brigavam muito e já tinham brigado a semana toda. No sábado, quando ela foi resolver a questão do celular, ele arrumou tudo e avisou que estava indo embora. Creio que isso deixou minha filha, que já tem depressão e toma remédios, mais abalada. Ela voltou para Platina, para procurar ele, e como não encontrou, escreveu uma carta dizendo que não queria mais viver, que iria se jogar no rio e entregou para o irmão dele”, detalhou a mãe.

Segundo a mãe, Edna não aceitava o fim do relacionamento, e por isso talvez tenha escrito a carta, em seguida, sumido.

“Quando amanheceu, no domingo, vi que a chave da casa dela estava aqui em casa. Com o moramos perto, fui até a casa dela, ver o que estava acontecendo, e encontrei seus documentos e celular. Então fui até a delegacia, mas precisava esperar 48 horas para registrar o boletim. O boletim foi então feito em Assis, na segunda-feira. A partir de então o Bombeiro foi até o rio que ela indicou na carta, para tentar localizar o corpo e não encontrou nada. No dia seguinte, foi a vez de busca com cães, também sem sucesso. Estou sem saber onde está minha filha”, explica a mãe.

Segundo a mãe, Edna trabalhava como agente de saúde, e alguns moradores, inclusive um segurança de um prédio, viu a mulher na madrugada do sábado em que ela depois desapareceu, andando pelas ruas de Platina.

“Eu acho que as buscas deveriam continuar mais um tempo, que deveriam ir ao rio novamente. No mesmo momento que penso que ela pode estar escondida, sendo ajudada por alguém, penso que o corpo pode estar no rio, não está sendo fácil. Entramos em contanto com o companheiro dela, mas ele diz não poder fazer nada. Estamos todos muito nervosos, eu e os filhos dela, mas tenho fé que ainda posso encontrar minha filha, por isso reforço o apelo à população”, reiterou a mãe.