Deputado Capitão Augusto questiona soltura de peixes da Duke Energy

 

Em visita à concessionária, o parlamentar afirmou que o atual repovoamento de peixes não está sendo suficiente para atender a demanda dos rios e represas da região da Angra Doce

 Dando continuidade aos procedimentos que compõem o projeto Angra Doce, o deputado federal Capitão Augusto, acompanhado de assessores, do prefeito de Ribeirão Claro, Geraldo Maurício Araújo, de vereadores da região, do empresário Hiroshi Kubo, e de integrantes do Movimento Pesque e Reponha, participou de reunião na manhã desta segunda-feira, 16, na sede da Duke Energy, companhia responsável pela manutenção e operação de usinas no rio Paranapanema.

O objetivo da visita à empresa foi conhecer detalhes do cronograma de soltura dos peixes, bem como as espécies escolhidas para repovoar os rios e represas da região de Angra Doce, área de interesse turístico que abrange os municípios de Ribeirão Claro, Carlópolis, Siqueira Campos, Jacarezinho, Salto do Itararé, Chavantes, Ourinhos, Canitar, Ipaussu, Timburi, Piraju, Fartura, Bernardino de Campos, Itaporanga e Barão de Antonina.

A atividade de reintrodução de pescado é uma das formas de manejo adotadas para diminuir o impacto ambiental ocasionado na barragem de Salto Grande. De acordo com relatórios apresentados pela concessionária, a Duke Energy deve realizar anualmente a soltura de 1,5 milhão de peixes. No primeiro semestre, 720.200 espécies nativas foram inseridas no rio. A outra parte da cota exigida (830 mil), segundo os técnicos, será concluída entre os meses de dezembro e janeiro.

Ao fazer uma série de questionamentos com relação à eficácia do repovoamento adotado pela Duke Energy, bem como o tamanho dos peixes soltos e os locais de soltura, o deputado Capitão Augusto afirmou que o trabalho não vem surtido o resultado esperado na região. “Os peixes estão sumindo, pois não há um estudo técnico adequado para comprovar que o número e as espécies de alevinos atuais são suficientes para atender a abrangente área da Angra Doce. O resultado está bem abaixo do esperado e essa situação vem prejudicando pescadores e a população da nossa região de uma forma geral”, enfatizou o parlamentar.

Capitão Augusto cobrou maior rigor na fiscalização durante o processo de soltura e foi enfático ao declarar a necessidade desse ato ser acompanhado de perto por órgãos e entidades ligadas ao meio ambiente para que tudo transcorra de forma transparente. “Precisamos fazer o acompanhamento desde o momento da contagem, transporte e soltura dos peixes para que não haja margem para dúvidas sobre o procedimento de manejo”, concluiu o deputado.

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