‘Durou muito tempo’, diz advogado agredido por morador de rua

 

O advogado Fábio Cândido Pereira, de Ourinhos (SP) e que foi agredido por um morador de rua e usuário de drogas disse em entrevista que tentou se defender das agressões. A agressão aconteceu na quinta-feira (5). O suspeito chegou a ser detido, mas foi liberado porque havia passado o período de flagrante.

“Eu tentava manter minhas pernas na linha dos chutes dele, porque minhas pernas era meu principal ponto de apoio que eu tinha para me defender, porém ele tentava se safar das minhas pernas e ia sempre na minha lateral para atingir minha cabeça. Eu gritava muito, gritava ajuda, para tentar despertar alguém para me socorrer porque para mim aquilo durou muito tempo”, conta o advogado. A vítima garante que não conhece o agressor. “Eu não o conhecia. Observei agora que ele fica nos faróis, mas não tinha nenhuma lembrança da presença dele.”

A vítima teve diversas fraturas, escoriações pelo corpo e um corte na cabeça. O advogado foi encaminhado ao hospital e passou por uma cirurgia no braço. No mesmo dia do crime, a mulher de Fábio viu o rapaz na rua e chamou a polícia, mas ninguém foi ao local. “No mesmo dia ele bateu no meu vidro, pediu dinheiro, eu não dei e sai. Liguei para a polícia, mas a viatura não foi”, afirma Josilene Beatriz Cândido.

Flagrante
O circuito de segurança de um estabelecimento registrou a agressão. Nas imagens é possível ver a vítima atravessando a Rua Antônio Carlos Mori quando é atingida por um tijolo na cabeça. Ele caiu no chão e o agressor começou a espancá-lo com chutes e pontapés. O suspeito só parou porque testemunhas interferiram e ele fugiu.

No dia seguinte da agressão, o suspeito foi encontrado e levado para a delegacia, segundo a família, mas como tinha passado o flagrante ele foi liberado. Ele disse à polícia que era usuário de drogas e que não se lembrava do que tinha feito. A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o caso. A família já foi ouvida e a vítima passou por exame de corpo de delito para comprovar a agressão. Fonte G1