Emprego é tema da primeira rodada de negociação dos bancários

 

Na quarta-feira, dia 19, durante a primeira rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban o tema principal foi o Emprego, considerado prioridade pela categoria. Os representantes dos trabalhadores levaram como eixo da discussão a afirmação de que emprego é um direito social fundamental, enfatizando a garantia de emprego: os bancos afirmaram que não é possível garantia individual e não aceitam tratar de estabilidade.

Houve ainda conflito de dados da Fenaban que afirma que o crescimento do número de empregos e os salários. Porém, é notório que o salário médio do bancário não cresceu como a lucratividade do setor. Na contramão disso, a lucratividade dos bancos é cada vez maior. Itaú, Bradesco, Santander, HSBC, Safra, Banco do Brasil e Caixa lucraram R$ 61,2 bilhões em 2014.

A Fenaban disse que não tem como pedir para os bancos contratarem, não consideram grande o número de demissões e que não há falta de funcionários nas agências. Ao contrário do que os bancos afirmam, segundo dados do Dieese, de 2011 a 2014 todos os grandes bancos, exceto a Caixa, reduziram postos de trabalho. O Comando Nacional cobrou ainda respeito a jornada de trabalho,  enfatizando que 70% dos bancários do setor privado trabalham oito horas por dia, ao contrário das seis que constam na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), cobrando a responsabilidade da Fenaban.

Sobre a terceirização, durante o debate, a Fenaban reiterou que apóia o projeto de (PLC 30 – antigo PL4330) e que é impossível colocar o tema na mesa de negociação, já que o movimento Sindical é contrário. A próxima rodada de negociação será no dia 2 de setembro e tratará de saúde, segurança e condições de trabalho. Em Assis, a Caravana de Mobilização da Campanha Nacional acontece no dia 1º de setembro.

Ello Assessoria de Imprensa