Estudante de biomedicina suspeita de vender bolo com maconha fazia ‘pesquisa de satisfação’, diz polícia
A estudante de biomedicina, de 20 anos, que foi presa em flagrante por tráfico de drogas nesta quarta-feira (5), em Botucatu (SP), por ser suspeita de produzir e vender bolinhos doces feitos à base de maconha, afirmou à polícia que fazia uma “pesquisa de satisfação” com seus clientes pelas redes sociais para consultar a qualidade de seu produto.
Segundo a Polícia Civil, a estudante é suspeita de utilizar os conhecimentos adquiridos em seu curso para extrair o THC, princípio ativo da maconha, e fabricar manteiga e óleo como ingredientes usados para fazer o seu “brownie mágico”, que era vendido em festas universitárias.
Segundo a Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes (Dise), a garota era investigada desde outubro do ano passado, quando a Polícia Civil recebeu a denúncia sobre a produção e venda do produto.
Após a investigação, policiais da Dise foram à casa da estudante nesta quarta-feira e a prenderam em flagrante com a manteiga e o óleo de THC, ingredientes que seriam usados para a produção de um novo lote de brownies. A polícia também apreendeu 10 gramas de maconha.
O delegado Paulo Buchignani, titular da Dise, disse que a estudante confessou que fazia o bolinho de maconha porque gostava dos processos de produção que ativam a liberação do Tetraidrocanabinol (THC).
Segundo o delegado, a suspeita disse que vendia cada bolinho a R$ 5 nas festas da faculdade não pelo dinheiro, mas para “ganhar status” entre os colegas de universidade.
Ela também contou à polícia que esse dinheiro era usado para comprar mais maconha e os ingredientes utilizados para a confecção dos bolos.
De acordo com o delegado, outros suspeitos são investigados de participação neste esquema de produção e venda de bolinhos.
A estudante foi autuada por tráfico de drogas, que prevê pena de cinco a 15 anos de prisão, e encaminhada à cadeia de Porangaba. A audiência de custódia está prevista para esta quinta-feira (6).