Estudantes de Ourinhos disputam torneio internacional de robótica

 

Um grupo de estudantes de Ourinhos (SP) viaja para a Espanha para disputar um Torneio Mundial de Robótica, que será realizado entre os dias 4 e 7 de maio. Eles desenvolveram soluções tecnológicas para reduzir o impacto do lixo no meio ambiente.

Um robô que tira lixo do fundo do mar, separa os materiais e leva para usina de reciclagem. Ele foi  criado pelos alunos do Sesi de Ourinhos para resolver estes e outros problemas relacionados ao lixo. “O robô tem que realizar e corrigir as missões que estão erradas no caso do lixo. Levar o lixo até o lugar correto ou retirar o que está no lugar errado. Então ele tem que realizar as missões do lixo de acordo com o que foi proposto”, explica a estudante Luiza Camacho  de 14 anos.

Durante a prova, o robô precisa resolver 14 problemas ligados ao lixo em dois minutos e meio. Vence quem tiver mais pontos. Cada obstáculo foi criado pela organização, mas o robô, foi ideia de uma equipe formada por 7 alunos, de 13 a 15 anos, que vão disputar o campeonato mundial na Espanha no início de maio. “A ansiedade está a mil. A gente pode conquistar com a nossa capacidade. Então é bem legal”, conta Leonardo Rodrigues de Souza, de 13 anos.

Para fazer o projeto eles contam com a ajuda dos professores, mas para esse trabalho é preciso ter várias habilidades e conhecimentos diferentes, segundo a analista técnica educacional Daniele Ortiz Hoffmann Bonício. “As crianças são levadas a pensar sobre o trash track, que é o caminho do lixo, também aprender a desenvolver robôs, programação e a trabalhar em equipe.”

Além de criar o robô para cumprir as missões, a equipe ainda teve que fazer um projeto científico relacionado ao lixo. Eles escolheram os pneus, que além de serem um problema ambiental, também são um problema de saúde, já que podem ser criadouros do mosquito da dengue. Em uma pesquisa, eles descobriram que são gastos cerca de R$ 59 milhões por ano no Brasil para transportar os pneus até as usinas de reciclagem. Eles bolaram uma solução para reduzir o custo em até 60%.

“Nós pensamos em cortar o pneu. Primeiro nós retiramos as bandas, que são as laterais dos pneus e cortadas ao meio. Dessa forma nós poderíamos coloca-la em formato de trança. O restante do pneu, que é chamado de coroa, poderia ser cortado ao meio e dessa forma ficaria uma fita. Assim teríamos uma economia de 60% no espaço e consequentemente uma significativa economia no transporte dos armazéns até às usinas de reciclagens”, explica a estudante Vitória Anna de Almeida Santos, de 15 anos. Fonte G1