Ex-presidente do STF Joaquim Barbosa declara voto em Fernando Haddad

Votar é fazer uma escolha racional. Eu, por exemplo, sopesei os aspectos positivos e os negativos dos dois candidatos que restam na disputa. Pela primeira vez em 32 anos de exercício do direito de voto, um candidato me inspira medo. Por isso, votarei em Fernando Haddad.

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa foi às redes sociais neste sábado (27) para declarar apoio ao petista Fernando Haddad.

“Votar é fazer uma escolha racional. Eu, por exemplo, sopesei os aspectos positivos e os negativos dos dois candidatos que restam na disputa. Pela primeira vez em 32 anos de exercício do direito de voto, um candidato me inspira medo. Por isso, votarei em Fernando Haddad”, afirmou o ministro aposentado em publicação no Twitter.

Há algumas semanas, Haddad se encontrou com Joaquim Barbosa – que relatou no STF o processo do mensalão do PT –, mas não havia obtido seu apoio público.

Ministros do STF ouvidos pelo blog avaliam, reservadamente, que um dos motivos que pode ter levado Barbosa a se posicionar foi a ação da Justiça Eleitoral nas universidades nesta semana. O ex-ministro sempre ressalta as liberdades e a defesa do estado democrático de direito.

Além disso, lembram que Joaquim Barbosa chegou a cogitar disputar a Presidência, mas desistiu no começo do ano.

Em suas redes sociais, Joaquim Barbosa divulga voto em Haddad, mas já está na história que ele mesmo disse que só Bolsonaro não foi comprado pelo PT no esquema de corrupção conhecido como Mensalão, que feria gravamente a democracia do nosso país anulando o Poder Legislativo.

Bolsonaro

Após a declaração de apoio de Barbosa a Haddad, o adversário do petista, Jair Bolsonaro (PSL), utilizou sua conta no Twitter para dizer que, quando ministro do Supremo, Barbosa teria dito que ele, Bolsonaro, não foi comprado pelo PT no esquema do mensalão.

Mais tarde, Joaquim Barbosa falou em “manipulação” e disse que é “falso” o que o candidato do PSL disse porque, segundo o ministro aposentado, Bolsonaro não era líder nem presidente de partido e, portanto, não fazia parte do processo investigado.

“Só se julga quem é parte no processo. Portanto, eu jamais poderia tê-lo absolvido ou exonerado. Ou julgado. É falso, portanto, o que ele vem dizendo por aí”, disse Barbosa. Fonte G1

Bolsonaro não era líder nem presidente de partido. Ele não fazia parte do processo do Mensalão. Só se julga quem é parte no processo. Portanto, eu jamais poderia tê-lo absolvido ou exonerado. Ou julgado. É falso, portanto, o que ele vem dizendo por aí.