Família cria página nas redes sociais para encontrar doador de medula

 

Em uma semana, mais de 32 mil pessoas passaram a fazer parte de um grupo criado em uma rede social com o objetivo de  incentivar o cadastro de doadores de medula óssea. A página foi criada por familaires e amigos da fisioterapeuta Juliana de Grava Chermont Tucunduva, 32 anos, que foi diagnosticada com aplasia medular, uma doença rara que altera o funcionamento da medula óssea, provocando falhas na produção de plaquetas.

A família de Bauru (SP) descobriu há duas semanas que seria necessário fazer o transplante de medula. “Ela começou primeiro a apresentar manchas roxas pelo corpo. Nós procuramos um dermatologista e ele nos encaminhou para um hematologista. Inicialmente, a Juliana foi diagnosticada com uma doença autoimune que seria tratada com o uso de medicamento, mas ela piorou bastante, não respondeu à medicação, então foi feito um exame de sangue que constatou que ela estava com 5 mil plaquetas no sangue, quando o ideal é cerca de 150 mil. Ela precisou ser internada e foi feita uma biopsia da medula que constatou a doença”, conta o marido de Juliana, Rodrigo Tucunduva.

Por conta da doença, Juliana precisa ficar em repouso absoluto e não pode ter contato com muitas pessoas, por causa da baixa imunidade. “Ela está em casa, mas tem contato com poucas pessoas, além disso uma vez por semana ela faz a transfusão de plaquetas para equilibrar a produção. E nos próximos dias ela deve ficar internada para uso de uma medicação que é necessária para realização do transplante. São os procedimentos necessários para que o quadro de saúde dela fique estável”, explica Rodrigo.

Logo após o diagnóstico, o irmão e os pais de Juliana passaram pelos procedimentos para saber se eles eram compatíveis. “Como nós descobrimos que eles não eram compatíveis e teriam que recorrer ao cadastro de doadores, nós começamos a campanha.”

A ideia da página na rede social foi da prima de Juliana, Deborah Lucia Carvalho Montanhini. “A gente descobriu isso há 12 dias e logo de início soubemos que não tinha compatibilidade em nenhum lugar, nem no Redome. Eu pensei em montar um grupo no face para divulgar para os nossos amigos e pedir as doações. Afinal todo mundo sempre fala que vai fazer e deixa para depois, mas pra ela não tinha como esperar”, conta Deborah.

Página já tem 30 mil membros em 6 dias (Foto: Reprodução / Facebook)

Fisioterapeuta foi diagnosticada com aplasia medular (Foto: Juliana Chermont/Divulgação)Fisioterapeuta foi diagnosticada com aplasia medular (Foto: Juliana Chermont/Divulgação)

 

Em uma semana, mais de 32 mil pessoas passaram a fazer parte de um grupo criado em uma rede social com o objetivo de  incentivar o cadastro de doadores de medula óssea. A página foi criada por familaires e amigos da fisioterapeuta Juliana de Grava Chermont Tucunduva, 32 anos, que foi diagnosticada com aplasia medular, uma doença rara que altera o funcionamento da medula óssea, provocando falhas na produção de plaquetas.

A família de Bauru (SP) descobriu há duas semanas que seria necessário fazer o transplante de medula. “Ela começou primeiro a apresentar manchas roxas pelo corpo. Nós procuramos um dermatologista e ele nos encaminhou para um hematologista. Inicialmente, a Juliana foi diagnosticada com uma doença autoimune que seria tratada com o uso de medicamento, mas ela piorou bastante, não respondeu à medicação, então foi feito um exame de sangue que constatou que ela estava com 5 mil plaquetas no sangue, quando o ideal é cerca de 150 mil. Ela precisou ser internada e foi feita uma biopsia da medula que constatou a doença”, conta o marido de Juliana, Rodrigo Tucunduva.

Por conta da doença, Juliana precisa ficar em repouso absoluto e não pode ter contato com muitas pessoas, por causa da baixa imunidade. “Ela está em casa, mas tem contato com poucas pessoas, além disso uma vez por semana ela faz a transfusão de plaquetas para equilibrar a produção. E nos próximos dias ela deve ficar internada para uso de uma medicação que é necessária para realização do transplante. São os procedimentos necessários para que o quadro de saúde dela fique estável”, explica Rodrigo.

Logo após o diagnóstico, o irmão e os pais de Juliana passaram pelos procedimentos para saber se eles eram compatíveis. “Como nós descobrimos que eles não eram compatíveis e teriam que recorrer ao cadastro de doadores, nós começamos a campanha.”

A ideia da página na rede social foi da prima de Juliana, Deborah Lucia Carvalho Montanhini. “A gente descobriu isso há 12 dias e logo de início soubemos que não tinha compatibilidade em nenhum lugar, nem no Redome. Eu pensei em montar um grupo no face para divulgar para os nossos amigos e pedir as doações. Afinal todo mundo sempre fala que vai fazer e deixa para depois, mas pra ela não tinha como esperar”, conta Deborah.

Em Porto Alegre, movimento também mobilizou (Foto: Reprodução/Facebook)Em Porto Alegre, movimento também mobilizou (Foto: Reprodução/Facebook)

 

Mais doadores
A campanha tem sido um sucesso na internet e as pessoas que se cadastram no hemonucleo de qualquer lugar do país publicam uma foto na página contando que é doador. “No primeiro dia já era 3 mil pessoas e cinco dias depois já eram 30 mil. A gente esta recebendo doações do Brasil inteiro. Vimos policiais militares de Porto Alegre indo doar, bombeiros de Rio de Janeiro, Bauru e Pederneiras. Nós conseguimos ver a força da rede social. Estamos aguardando a resposta desses doares. Esta bem legal a movimentação, ela lotou todos os hemonúcleos da região de Bauru.  São pessoas que a gente nunca viu, mas estão fazendo parte”, diz Déborah.

E além da busca por um doador compatível para Juliana, a ação também pode ajudar outras vidas, já que incentiva o cadastro de mais doadores. “A gente corre contra o tempo para salvar ela, mas na verdade não é só pela Juliana, é pela vida de um monte de gente que precisa”, ressalta a prima.

Só no Hemonúcleo de Bauru, 139 pessoas fizeram o cadastro para serem doadores de medula desde o dia 27 de maio até esta quinta-feira (2), segundo a assistente social Valéria Ferreira Nunes Coltri. Ainda de acordo com a assistente social, a média de cadastro por mês é de 50 pessoas. Valéria explica ainda que após a coleta da amostra de sangue e do preenchimento dos dados, o processo demora cerca de 90 dias para que o nome da pessoa passe a constar no cadastro de doadores de medula, que é global.

“A pessoa deve procurar o Hemonúcleo com os documentos pessoais, preencher o cadastro, com dois telefones e é muito importante também que a pessoa mantenha o cadastro atualizado, para que ela seja encontrada no caso de compatibilidade”, ressalta a assistente social.

Os dados das pessoas e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado chamado Redome que é gerenciado pelo Instituto Nacional do Câncer (INC). O sistema compara os dados dos pacientes que precisam de um transplante com as informações dos doadores cadastrados. Quando o candidato é compatível com o paciente, ele é chamado para novos exames. A probabilidade de encontrar uma pessoa compatível fora dos familiares mais próximo é de 1 a cada 100 mil.

Hemonucleos podem cadastrar doadores (Foto: Reprodução/Facebook)Hemonucleos podem cadastrar doadores (Foto: Reprodução/Facebook)

 

Confira quem pode fazer o cadastro para ser doador de medula:

– Ter entre 18 e 55 anos e boas condições de saúde
– Ter mais de 50 quilos
– Não ter ou ter tido qualquer tipo câncer, hepatite e não ser portador do vírus HIV
– Gestantes e mulheres que amamentam podem fazer o cadastro

Confira aqui mais informações sobre como é feito o cadastro e também a doação de medula.

Veja os endereços dos principais hemonúcleos e hemocentros na região:

Hemocentro Regional de Marília – Rua Lourival Freire, 240, no Jardim Fragata. Mais informações pelos telefones (14) 3402-1868 e 3402-1866.

Hemonúcleo de Bauru – Rua Monsenhor Claro, 888, no centro. O atendimento é de segunda à sexta-feira, das 7h às 11h30 e das 14h às 16h. Outros detalhes podem ser obtidos pelo telefone (14) 3104-3518.

Hospital Amaral Carvalho de Jaú – a Rua Dona Silvéria, 150 – Informações pelo telefone 14) 3602-1356.

Hemocentro de Botucatu – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp / Faculdade de Medicina de Botucatu – Divisão de Hemocentro), no Distrito de Rubião Júnior, s/n. Outros detalhes pelo telefone (14) 3811-6041.

Hemonúcleo de Ourinhos  – Rua Joaquim de Azevedo 770, Vila Moraes. O atendimento é de segunda a sexta das 7h às 18h30. Sábados das 7h às 12h30. Informações pelo telefone (14) 3302-2245.

Hemonúcleo de Assis – Praça: Dr Symphronio Alves dos Santos s/n – Centro. O atendimento é de segunda a sábado, das 7 às 12 horas. Informações pelo telefone: (18) 3302-6023

Santa Casa de Tupã – Rua Manoel Ferreira Damião, 426. O atendimento é de segunda a sexta-feira das 7h30 às 12h. Informações pelo telefone: (14) 3404-5555.

Veja aqui os endereços de outros hemocentros e hemonúcleos do interior de SP.

Fonte G1