FEMA e Prefeitura de Assis iniciam as atividades do Hospital de Campanha na terça-feira, 26

O Hospital de Campanha de Assis, planejado, implantando e administrado pela FEMA, tem 32 leitos, 2 consultórios médicos, 1 sala de estabilização, 1 semi UTI com respiradores e farmácia
 

A Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA) e a Prefeitura Municipal de Assis iniciam as atividades do Hospital de Campanha nesta terça-feira, 26 de maio de 2020, às 8h. Ao lado de fora haverá um ato ecumênico e, apos a benção aos profissionais de saúde que trabalharão lá, o Hospital de Campanha estará pronto para receber pacientes com Covid-19 de Assis e mais 12 municípios da região.

O Hospital de Campanha de Assis é uma iniciativa da Prefeitura Municipal, com administração da FEMA. Profissionais dos cursos de saúde da instituição trabalharam em diversas frentes, tais como construção do projeto do HCamp, escolha do local e implementação do projeto, solicitação de materiais, equipamentos, mobiliários e insumos, incluindo os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), planejamento de consumo de gazes medicinais, incluindo oxigênio (condição essencial), processo seletivo para os Recursos Humanos do Hospital, elaboração das atribuições de cada profissional, elaboração do Protocolo de Operações Padrão (POP) para o Hospital de Campanha, considerando as características de Assis e acolhimento e capacitação dos profissionais selecionados para o HCamp.

A professora de Medicina da FEMA, Shirlene Pavelqueires, uma das responsáveis técnicas pelo Hospital de Campanha, diz que não é possível prever o número de pessoas infectadas por Coronavírus, mas é possível prever que não serão poucos, considerando o comportamento da população em todos os municípios.

Assis, localizada à oeste do Estado de São Paulo, distante 434 Km da capital e com uma população de 104.386 habitantes, é a maior cidade de sua microrregião, considerada uma cidade com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) elevado em relação ao Estado, ocupando o 28º lugar entre as cidades de maiores IDH do Brasil.

Pensando em um possível colapso do sistema de saúde, a Prefeitura Municipal de Assis, por meio da Secretaria de Saúde do Município, em parceria com a FEMA e demais instituições apoiadoras e componentes do Comitê de Enfrentamento do Coronavírus, decidiram pela instalação do Hospital de Campanha (HCamp) na cidade de Assis, com capacidade para atender aos casos de Covid-19, leves ou moderados, que serão mantidos em observação por tempo determinado pela necessidade do paciente.

Atualmente, pautado nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), cada localidade do Brasil e do mundo vem construindo seus Hospitais de Campanha buscando atender às necessidades epidemiológicas e sociodemográficas de cada uma em particular, não sendo possível copiar um modelo de outro local, por essa razão que a equipe da FEMA desenhou um projeto exclusivo e customizado para a realidade de Assis e região.

Professora Shirlene explica o porquê da construção de um Hospital de Campanha em Assis: “a população foi orientada a procurar primeiramente as Unidades de Saúde da Atenção Básica em casos de sintomas respiratórios. Isto fez com que as atividades agendadas e programadas da Atenção Básica fossem suspensas. Neste momento todo o país está tomando esta conduta. Caso a demanda de Assis seja menor do que o previsto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e as pesquisas brasileiras, o que é nosso grande desejo, podemos orientar os pacientes que procurem o Hospital de Campanha (HCamp) para serem acolhidos e atendidos, deixando para a UPA os casos mais graves”, fala Shirlene.

O Hospital de Campanha será usado mesmo se a demanda de pacientes com Covid-19 não for tão alta em Assis. “No caso de menor demanda, podemos retomar as atividades preventivas com nossos doentes hipertensos e diabéticos; consultas programadas de pré-natal, de atendimentos aos recém-nascidos (puericultura), curativos, grupos interativos realizados pelas Unidades Básicas e Saúde da Família. Essas atividades são muito importantes para o controle de complicações como Infarto do Coração, AVC (Acidente Vascular Cerebral), complicações gestacionais e parto, e para o desenvolvimento dos bebês”, explica a professora.

Shirlene finaliza: “devemos manter nosso foco na construção de estratégias para atendermos com qualidade, fluxo, logística, de forma comprometida e responsável todas as pessoas de nosso município e também região, sem permitir que sejam expostas à contaminação de um maior número de pessoas”, finaliza a professora doutora.  Fonte: Fema