Fenômeno de microexplosão atingiu Campinas, explica Cepagri

 

Técnicos do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) chegaram à conclusão de que a causa da destruição ocorrida em Campinas após um temporal na madrugada deste domingo (05) foi um fenômeno climático conhecido como microexplosão. Mais cedo, ainda neste domingo, o prefeito da cidade Jonas Donizetti (PSB), após reunião com o Cepagri, disse ao G1 Campinas que a causa havia sido um tornado.

A explicação foi dada durante entrevista coletiva realizada na Prefeitura de Campinas no início da noite deste domingo. Os especialistas chegaram à conclusão após percorrerem as áreas mais afetadas pelo temporal, comparar registros fotográficos e mapear o corredor de ventos que ultrapassaram os 100 km/h.

Os dois fenômenos (microexplosão e tornado) são muito parecidos, caracterizados por correntes de ar extremamente fortes, mas têm diferenças. O tornado é uma forte corrente de ar que desce das nuvem em espiral. Já na microexplosão, a corrente de ar despenca em linha reta, como um “corredor de vento”, sem apresentar espiralidade, sobre uma determinada área.

No caso da tempestade de Campinas, explica o Cepagri, foram várias microexplosões, principalmente na região do Taquaral.

A tempestade
Os ventos  fortes e muitos raios assustaram moradores, destelharam casas  e causaram muitos estragos pela cidade durante a madrugada. A Defesa Civil de Campinas estima que os ventos alcançaram pelo menos 100 km/h. A chuva chegou a 74 mm em apenas 45 minutos, inclusive com incidência de granizo. Não foi divulgado o número de feridos devido à tempestade. 100 mil pessoas ficaram sem energia elétrica e pelo menos cem árvores caíram. Fonte G1