Flagrados pela PM em cima de muro de uma casa, suspeitos alegam que tentavam flagrar uma traição e são liberados
Dois jovens, de 23 e 24 anos, foram surpreendidos pela Polícia Militar em cima do muro de uma residência na rua Doutor Chicão Teixeira, na vila Tênis Clube, no início da noite desta segunda-feira, dia 11 de dezembro.
Os policiais militares patrulhavam o bairro, quando visualizaram a dupla. “Um deles, estava em cima do muro e pedimos que pulasse para o lado externo. Fizemos a abordagem e nada de ilícito foi encontrado. Ao realizarmos uma consulta, com base na sua identidade, constatamos que ele possui diversas passagens na Justiça por furto”, relataram os policiais.
O outro rapaz, segundo os policiais, tentou correr para o interior da residência. “Demos ordem de parada e pedimos que ele também pulasse para o lado externo da casa”. Com base em consulta, foi confirmado que também há registro de sua participação em crimes de furto.
Minutos depois, compareceu o morador da residência, que entrou o imóvel e, de imediato, visualizou a cerca elétrica danificada e a porta da sala arrombada. Na sala, foi encontrada uma barra de ferro, que, segundo os próprios suspeitos, foi usada para entrar na casa.
VERSÃO – Questionados pelos policiais o que estariam fazendo no interior da casa, eles alegaram estar atrás de um homem, que estaria tendo um relacionamento amoroso com a ex-amásia de um deles e a irmã do outro suspeito.
“Eles disseram que estariam na casa para acertar as contas e ‘dar uma surra’ no rapaz”, contaram os policiais, que conduziram a dupla até a Central de Polícia Judiciária.
DECLARAÇÕES – Na delegacia, acompanhados de seus advogados, os dois suspeitos de furto apresentaram a mesma versão ao delegado. “Ambos disseram que entraram naquele imóvel com o intuito de constatar que a ex-amásia de um deles e irmã do outro, estaria, naquele momento, mantendo uma relação extraconjugal com um homem”, relatou o escrivão de polícia.
Para comprovar a veracidade das alegações, um dos suspeitos, na presença do advogado,
autorizou o delegado a ter acesso ao aplicativo WhatsApp do seu telefone celular para consultar as mensagens trocadas com a ex-amásia.
“Embora, inicialmente, a versão apresentada pelos investigados parecesse absurda e os antecedentes criminais indicassem que estariam ali para realizar um furto no interior de residência, ao ser analisada as mensagens trocadas entre o investigado e sua ex-amásia, há indícios de que a intenção dos investigados não era a subtração de nenhum bem e sim um acerto de contas com um suposto “affair” da moça que estaria na casa”, registrou a autoridade policial, que decidiu liberar os suspeitos.
“Em decorrência do conteúdo das mensagens analisadas, sendo consonante com as versões apresentadas nas declarações dos investigados, por cautela, foi apreendido o aparelho celular em posse do suspeito para ser analisado de maneira mais profunda e encaminhado para perícia”, decidiu a autoridade policial que determinou aos investigados assinarem suas declarações antes de serem colocados em liberdade.
Fonte: Jornal da Segunda