‘Foi tudo muito rápido’, diz motorista envolvido em acidente com 4 veículos em Marília
O caminhoneiro que sobreviveu ao acidente que envolveu quatro veículos em Marília (SP) disse que tudo aconteceu muito rápido e não teve tempo de desviar para evitar o choque com o carro em que viajava uma família. O casal morreu no local e a filha, de 14 anos, foi socorrida em estado grave para o Hospital das Clínicas.
O carro em que a família estava foi atingido na traseira por outro, com impacto invadiu a pista contrária e bateu de frente com uma carreta. O acidente aconteceu em trecho de pista simples da Rodovia Dona Leonor Mendes de Barros, que liga Lins a Marília, na noite de sábado (9),
Cleverson Bozan dirigia a carreta e, ainda muito abalado, contou o que lembra do acidente. “Um carro bateu na traseira deles (do carro da família) e eles vieram na minha direção, não tinha como desviar, foi tudo muito rápido, não deu tempo de fazer nada a não ser frear o caminhão.”
O caminhão de Cleverson chegou a atravessar a pista e bateu em outra carreta que estava parada no acostamento. “Só ouvi o estouro e me virei, foi quando eu vi o corsa batendo de frente com o caminhão e ele vindo na minha direção, ai saí fora correndo”, lembra o caminhoneiro Almiro Carvalho da Silva.
No carro que bateu de frente com o caminhão estavam Paulo Sérgio de Lima, de 44 anos, a mulher dele Dilce Alves de Lima, também de 44 e a filha deles, de 14 anos. Os dois morreram no local e menina segue internada no HC.
As testemunhas disseram à polícia que o motorista suspeito de provocar o acidente não parou e fugiu do local sem ajudar às vítimas. De acordo com o boletim de ocorrência, ele só foi identificado porque o impacto foi tão violento que a placa do carro que ele dirigia, ficou marcada no para-choque do carro da família.
Com as informações os policiais foram até o endereço e localizaram o carro danificado na garagem. O boletim diz ainda que o suspeito, de 41 anos, fez o teste do bafômetro e mostrou que ele estava embriagado. O exame apontou 0,62 miligramas de álcool por litro de ar expelido.
Ele disse aos policiais que se envolveu no acidente, mas alegou que o carro da família estava parado na pista, sem sinalização e por isso o atingiu.
No boletim ainda consta que a perícia não tinha elementos suficientes para concluir que o motorista havia provocado o acidente e diante disso, o delegado de plantão, Carlos Alberto Pavarini, liberou o suspeito.