Gestores discutem atendimento da Upa
A pedido do presidente da Câmara, Sargento Valmir Dionizio, aconteceu na manhã da última quinta-feia, 1º, uma reunião com os representantes da gestão da UPA, a diretora do CIVAP, Ida Franzoso, e coordenadores da unidade, o secretário da Saúde, Dr. Fabiano Morelli, membros do Conselho Municipal da Saúde, e Comissão Permanente da Cidadania, para tratar das inúmeras reclamações que a Câmara tem recebido, na figura dos seus vereadores.
As queixas da população giram em torno da demora no atendimento, a falta de médicos, a longa espera por resultados de exames, a dificuldade de transferência para internação na Santa Casa e Hospital Regional e o atendimento interpessoal.
Os vereadores já haviam se reunido na tarde de segunda-feira, dia 29, com os funcionários da UPA, a fim de averiguar todos os lados na questão das reclamações recebidas dos usuários do serviço.
Sobre o atraso médico, cujas principais reclamações são as faltas injustificadas dos profissionais e a pontualidade na chegada aos plantões, Fabiano Morelli explicou que a rendição dos médicos para o próximo plantão é obrigatória, sendo que o profissional que deixar o seu posto antes da chegada do colega plantonista é considerada falta grave, podendo ser aberto, inclusive, processo administrativo para a investigação do caso.
Em relação à demora no atendimento, a diretora do CIVAP, Ida Franzoso, esclareceu que existe uma triagem inicial que classifica o paciente de acordo com a gravidade do seu estado de saúde. Assim, os pacientes que se enquadram na linha vermelha (considerados graves) terão prioridade no atendimento; os pacientes da linha amarela, o protocolo exige que sejam atendidos em até uma hora; e os pacientes da linha verde, considerados urgências menores e que correspondem 70% dos atendimentos da UPA, podem ser atendidos em até duas horas.
Os coordenadores da UPA presentes na reunião, complementaram a informação dizendo que existem atendimentos que ultrapassam o limite de espera do protocolo, pois os médicos são orientados a atenderem de acordo com as urgências dos casos, e não pela ordem de chegada. Por exemplo, um paciente que esteja com dores de cabeça e já está esperando há uma hora pelo atendimento e dá entrada na UPA uma vítima de acidente de trânsito, ou que esteja enfartando, essas pessoas passarão na frente para serem atendidas.
O Conselho Municipal da Saúde se manifestou sobre o atendimento da UPA analisando os índices de mortalidade do período anterior e após a implantação da unidade em Assis. Cátia Ribeiro, presidente do colegiado, declarou uma melhora significativa nesses índices afirmando a qualidade do serviço prestado pela Unidade de Pronto-Atendimento.
Foram discutidas, também, formas de se investir na atenção básica de saúde e em campanhas de conscientização para que os munícipes procurem, primeiramente, as Unidades Básicas de Saúde e Estratégias de Saúde da Família em casos que não necessitem de atendimento urgente.
Finalizando a reunião, o CIVAP se comprometeu em realizar capacitações aos funcionários da UPA, visando a melhoria do acolhimento dos pacientes minimizando, assim, incidentes entre usuários e funcionários. Ida orientou, também, que a população que esteja descontente com o atendimento, que formalize sua reclamação na própria unidade e disse que, em breve, estará disponibilizando um canal de ouvidoria para acolher as ocorrências.
Participaram, ainda, da reunião pela Câmara Municipal, a diretora geral, Daniela Kássia N. Beszon, e os vereadores Professora Dedé, presidente da Comissão de Cidadania, Roque Vinícius, André Borracha e Alexandre Cachorrão.