Grupo faz protesto após morte de jovem que teria sido confundida com assaltante pelo padrasto

 

Familiares e amigos da estudante de 17 anos Ana Carolina Montolezzi, que morreu após levar um tiro disparado pelo padrasto em Assis (SP), fizeram uma passeata neste domingo (9) pedindo rigor na investigação.

A jovem foi morta com um tiro na cabeça na noite de 24 de agosto. Segundo informações do boletim de ocorrência, o padrasto havia levado a menina até a casa do pai. Em seguida, saiu com a mãe da jovem para ir à missa. Quando voltaram para casa, notaram uma “movimentação estranha”.

O casal teria, então, chamado várias vezes pela estudante, que não respondeu. Ao perceber um vulto em um cômodo escuro, acabou atirando. A jovem foi atingida na cabeça e morreu no dia seguinte, no hospital.

Depois do tiro, o padrasto, que é ex-sargento do Exército, acendeu a luz e constatou que tinha baleado a enteada. Ele pegou o carro, escondeu a arma e seguiu para Cândido Mota, até ser abordado pela Polícia Militar.

O homem chegou a ser preso, mas foi solto dias depois após uma audiência de custódia, quando a mãe da menina confirmou a versão contada por ele.


Familiares e amigos se reuniram em frente à Catedral de Assis (SP) (Foto: Arquivo Pessoal)

O pai da jovem, Márcio Montolezzi, não acredita que o tiro tenha sido acidental, como consta no depoimento do padrasto. Por isso, convocou diversos familiares e amigos para uma passeata, realizada neste domingo, pedindo justiça. Ele chegou a fazer um apelo pelas redes sociais.

“Preciso da ajuda de vocês para que não fique no esquecimento”, escreveu.

Com cartazes e faixas, diversas pessoas se reuniram em frente à Catedral de Assis (SP) para homenagear Ana Carolina e pedir uma investigação mais detalhada sobre o caso.

O G1 tentou contato com a defesa do padrasto, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.


Faixas pedem por justiça pela vida da estudante morta em Assis (Foto: Arquivo Pessoal)