Hospital de Jaú vai ser centro de pesquisa da fosfoetanolamina
O Hospital Amaral Carvalho de Jaú (SP) vai ser um dos centros de pesquisa da fosfoetanolamina sintética, que depois de muita polêmica teve, na quinta-feira (14), autorização do Governo Federal para ser comercializada e usada no tratamento de pessoas com câncer. O centro de pesquisa já está fazendo um pré-cadastro dos pacientes.
Cerca de 100 pacientes vão participar dos testes, mas o hospital informou que não vai distribuir a pílula. A fosfoetanolamina será usada apenas para os pacientes durante os testes.
Desenvolvida no campus de São Carlos para o tratamento de tumor maligno, a substância é apontada como possível cura para diferentes tipos de câncer, mas não passou por testes em humanos e não tem eficácia comprovada, por isso não é considerada um remédio. Ela não tem registro na Anvisa e seus efeitos nos pacientes ainda são desconhecidos.
O médico hematologista Ederson de Matos, responsável pela pesquisa, informou que o hospital já recebeu os protocolos da pesquisa, mas ainda não recebeu a liberação do comitê de ética para começar a pesquisa e nem para fazer a seleção dos pacientes.
Segundo o coordenador do laboratório Álvaro Lança, o centro de pesquisas anda está fazendo uma pré-seleção. “Os pacientes interessados têm ligado e dado os dados pessoais para que em um segundo momento nós possamos entrar em contato e discutir se eles tem o perfil de acordo com os critérios que existem no estudo de inclusão e exclusão dos pacientes.”
Ele explica que nem todo paciente pode participar da pesquisa. “Existe um protocolo de pesquisa e especificações que serão analisadas pelos médicos nessa próxima triagem. Esses pacientes precisam já ter falhado em algumas linhas de tratamentos”, diz Álvaro. Fonte G1