Justiça determina prisão preventiva de policial investigado por executar foragido em Ourinhos

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A Justiça determinou a prisão preventiva do subtenente Alexandre David Zanete, um dos policiais investigado pela execução de um foragido em Ourinhos (SP). O caso aconteceu no dia 20 de setembro e foi registrado por uma câmera de segurança. 

O processo segue em segredo de Justiça, mas a informação sobre a prisão preventiva dele foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico.

O outro policial envolvido no crime, o cabo João Paulo Herrera de Campos, que também estava preso, teve a liberdade concedida pela Justiça, que entendeu não ser mais necessário mantê-lo preso.

O Ministério Público não apontou o cabo como investigado pelo homicídio, apesar de eventual responsabilidade por fraude processual, suspeito de alterar a cena do crime.

O subtenente Alexandre é acusado de executar Murilo Henrique Junqueira, de 26 anos, que foi morto com três tiros quando já estava rendido e com as mãos na cabeça. Os dois policiais foram indiciados por homicídio qualificado um mês após o crime.

De acordo com o delegado Antônio José Fernandes Vieira, da Seccional de Ourinhos, o inquérito concluiu que não houve legítima defesa, tese defendida pelos acusados do crime.

O Comando local da Polícia Militar encaminhou o caso para a Justiça Militar com o pedido de prisão preventiva. A PM considerou o caso como “conduta inaceitável”.

“Dada a gravidade das imagens expostas e conduta inaceitável de quem tem o dever de zelar pela legalidade e proteção das pessoas, a Polícia Militar, compromissada com defesa da vida continuará apurando com o rigor necessário e informará à sociedade de todos os atos de investigação decorrentes”, informou a corporação.

A reportagem da Tv Tem tentou contato com o advogado dos policiais, mas não obteve retorno.

Flagrante do crime

Imagens obtidas pela TV TEM mostram o momento em que dois policiais militares de Ourinhos (SP) executaram o foragido da Justiça por tentativa de homicídio. O rapaz de 26 anos foi alvejado mesmo após colocar as mãos na cabeça e não apresentar resistência.

No vídeo, é possível ver o momento em que Murilo Henrique Junqueira está próximo de uma casa com as mãos na cabeça.

Ele anda um pouco, quando é baleado com o primeiro tiro efetuado por um dos policiais e cai no chão. Na sequência, o PM efetua o segundo disparo.

Ainda na imagem é possível ver quando o policial se aproxima do homem, abaixa e efetua o terceiro disparo. O jovem fica agonizando no chão enquanto o outro policial dá um tiro para o alto.

Uma arma foi apresentada na ocorrência pelos policiais, que teria sido usada pelo foragido antes das cenas gravadas pela câmera de monitoramento de uma casa.

No plantão, os PMs disseram que agiram em legítima defesa, reagindo a uma ação do criminoso. Mas a análise do vídeo feita pela DIG apontou que não houve confronto.

A Polícia Civil está buscando possíveis testemunhas, vizinhos da vítima, na Vila Operária, para conseguir mais detalhes de como tudo aconteceu.

“A polícia está ouvindo moradores com objetivo de identificar testemunhas presenciais. A possibilidade é grande, inclusive já identificamos algumas. Vamos estabelecer qual foi a participação de cada policial neste evento”, afirmou o delegado. Fonte G1

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