Locutor que começou a narrar por acaso é destaque na Festa do Peão de Barretos

 

Toda profissão tem uma história, e hoje vamos conhecer um pouco mais sobre a história de Umberto Jr, Locutor de rodeios, da cidade de Monte Aprazível (SP).

Filho de administrador, Umberto Jr, 28 anos, seguiu os passos do pai até certo período de sua vida. Trabalhou em cargos administrativos junto com o pai em uma usina.

Porém, algo despertava em Umberto a paixão pelo mundo country. Desde pequeno ele fazia com que seu pai frequentasse rodeios para leva-lo.

“Tinha um juiz de rodeio que morava em frente de minha casa, e eu ia lá sempre assistir vídeos e me inteirar do meio country”, explica

Essa ‘queda’ pelo mundo dos rodeios, fez com que seu pai comprasse um cavalo e laçar foi o próximo passo, tentou também montar touros, mas não deu certo. “Arrisquei apenas umas duas vezes, foi o suficiente para saber que não era minha praia”, brinca

Certo dia, em um treino de montarias, viria um locutor para narrar as provas, viria, não apareceu. Umberto Jr foi o eleito.

A partir de então viu que dava para tentar, porém percebeu que precisava de carros, equipamentos e não tinha nada disso, muito menos condições para comprar.

Teve a visão de que precisaria entrar em uma arena preparado, traçou uma meta: Ficar cinco anos se preparando. Durante este tempo só narrou o rodeio de sua cidade, onde este ano, em 2015, completou dez anos de narração em Monte Aprazível, recebeu uma fivela de homenagem.

“Recebi essa fivela, porém, tenho apenas cinco anos de carreira profissional, por cinco anos só narrei minha cidade”

Quando viu que podia ir aos rodeios passou a mão no telefone começou ligar, mas as oportunidades não apareciam. Chegou a fazer mais de vinte rodeios, apenas como participação, narrava, cinco montarias, as vezes duas ou uma e o pior, sem ganhar nada.

Foi ai que, Emerson Leonardo, o Turu, diretor de rodeio da época na PBR, o convidou para narrar alguns eventos, levou a ideia para, Flávio Junqueira, também presidente da época a oportunidade foi dada, e foi de cara em Jaguariúna, um dos maiores rodeios do Brasil.

“Não posso dizer que não fiquei nervoso, fiquei sim, mas consegui executar o trabalho normalmente”, conta.

Isso foi o start para as oportunidades dos grandes rodeios começaram a aparecer, menos Barretos.

Até que, em 2013, surgiu uma oportunidade em uma classificatória de Barretos, durante o antigo rodeio Interestadual. Conseguiu vaga para narrar o internacional e está até hoje.

“Barretos é para o narrador, como Las Vegas é para os cowboys, é um sonho estar aqui, creio que é uma realização almejada por todos, e estou muito feliz em estar aqui”, explica Umberto.

Hoje Umberto tem uma agenda com aproximadamente quarenta rodeios e viaja todo o Brasil.

“A gente sempre busca novas realizações, mas sou uma pessoa muito realizada”, completa.

Por Eugênio José