Mãe comemora que ‘Pokémon Go’ fez filho sair do sofá para brincar
Com 7 anos, Lucas Alexandre Marques Alves de Bauru (SP) comemora ter capturado seus Pokémon preferidos, o Pikachu e o Charmander. “Eles são os mais legais”, diz o estudante. Porém, mais feliz que ele com a chegada da nova febre que contagiou os brasileiros, está a mãe dele. Renata Marques, de 28 anos, conta que o “Pokémon Go” foi o único jogo que fez o filho sair do sofá.
“Desde pequeno ele só gosta de jogos que não precisa levantar. Já tentamos de tudo. Já colocamos no jiu-jitsu, judô, karatê, ficava um tempo e não gostava”, conta Renata.
A falta de atividades físicas preocupava a mãe do Lucas e agora ela está comemorando as mudanças que o jogo trouxe ao filho mais velho. “Agora ele está se movimentando bastante. No fim de semana ele acordou às 7h e ficou atrás de Pokémon. Está levantando mais cedo, está mais disposto. Antes acordava às 11h, agora começou a dormir mais cedo porque está exausto, então acorda mais cedo. Apesar de não gostar de nada que tem que sair do lugar para ele está sendo ótimo”, comemora Renata.
Mesmo fazendo bem para a saúde do menino, Renata determina os horários que ele joga para que não faça apenas isso o tempo todo. “Ele não tem celular, usa o do pai e do tio, então o tempo é limitado, no máximo uma ou duas horas por dia, porque se deixar ele passa o tempo todo jogando. Tudo tem que ter limite.”
Ainda assim, sem jogar o tempo todo, Lucas chegou ao nível 15 do jogo e capturou mais de 200 pokémon. Ele tem um irmão de 4 anos e já ajuda o Nicolas a caçar os monstrinhos. O aplicativo também fez bem para o resto da família. Segundo Renata, a família se aproximou depois de passar brincar com o jogo. “A gente está saindo mais juntos. A nossa família está mais unida. Ele nem percebe que está fazendo atividade física. Não tenho nada a reclamar.”
O jogo virou febre em todo o país e um dos lugares que Lucas e grande parte dos jogadores de Bauru têm ido é no Parque Vitória Régia, que tem sido tomado por jogadores em busca dos monstrinhos, em horários bem diferentes do que era frequentado.
Hethini Ribeiro, de 25 anos, baixou o aplicativo no último sábado (7) e em apenas dois dias concluiu seis níveis. “Comecei a jogar por causa da popularidade. Percebi que todo mundo está jogando e comecei a jogar”, conta. “Passei pelo Vitória Régia e percebi que era uma boa localização porque tem três PokeStops e vários pokémon aparecem por aqui, então resolvi vir de novo.”
Já Jaqueline Cristina Sgarbi, de 25 anos, e André Augusto Machado, de 24, baixaram o aplicativo no dia do lançamento. Eles começaram a jogar porque acompanham o Pokémon desde a infância, com jogos de cartas. “Eu jogava cartinha e o conceito é o mesmo. Agora a diferença é que é digital”, explica André.
(Foto: Heloísa Casonato/G1)
Já o estudante Pedro Henrique Francelozo, de 19 anos, e outras pessoas preferiram o Bosque da Comunidade. “No fim de semana tinha mais de 100 pessoas aqui. Tem seis PokeStops, um ginásio, tem sobra e segurança, é um ótimo lugar.”
Pedro também contou que andou mais de 61 quilômetros com o jogo e acredita que 50 quilômetros tenham sido a pé.
Quem também está gostando da novidade é a zeladora do bosque que ganhou novas companhias. “”Está muito bom este movimento. Aqui estava moto antes. Eu vi mais de mil pessoas no fim de semana. No primeiro dia até pulou gente aqui dentro”, afirma Sônia Goulart.
Cuidados
A Polícia Militar de Bauru informou que não houve alteração no planejamento de policiamento em virtude do movimento de pessoas que o aplicativo tem causado. No entanto, a PM esclareceu que o uso desse, ou de outros aplicativos, simultaneamente com a direção de veículo, é proibido e pode ocasionar acidentes.
A polícia também orienta os jogadores que tomem cuidado com pessoas em atitude suspeita para evitar furtos e roubos. Fonte G1